Julho Amarelo: campanha incentiva testagem para hepatite

A testagem em busca de diagnóstico é importante porque as hepatites virais podem causar cirrose e câncer do fígado. Foto ilustrativa: Getty Images
Estadão Conteúdo
08/07/2022 - Tempo de leitura: 2 minutos, 7 segundos

Sem saber, muitas pessoas podem estar, neste momento, com o vírus de hepatite. Para incentivar a população a fazer testagem para a doença, o Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado (Ibrafig), a Sociedade Brasileira de Hepatologia e a Organização Panamericana de Saúde (Opas) promovem o Julho Amarelo, uma campanha anual de conscientização sobre a doença. O slogan de 2022 é ‘Não Vamos Deixar Ninguém para Trás’.

Segundo a Opas, só 18% dos portadores de hepatite B e 22% dos que têm hepatite C estão diagnosticados nas Américas. No Brasil, o Ibrafig afirma que ao menos um milhão de pessoas desconhecem que são portadoras de hepatites virais, onde também se inclui a hepatite A.

A testagem em busca de diagnóstico é importante porque as hepatites virais podem causar cirrose e câncer do fígado. Segundo a Opas, cerca de um milhão de pessoas morrem por ano, em todo o mundo, em decorrência da hepatite, especialmente as do tipo B e C. As novas infecções chegam a três milhões por ano. Uma das formas de diagnosticar a doença é por meio de exame de sangue.

Para garantir um diagnóstico preciso, a recomendação é procurar por um laboratório de confiança — não apenas para o diagnóstico de hepatites, mas para todas as análises feitas em laboratório com o intuito de verificar condições de saúde de um paciente.

Vacina e cura — O diagnóstico de hepatite viral não é uma sentença de morte para os pacientes. Existe tratamento para todos os tipos diagnosticados e ele pode ser feito na rede pública de saúde. No caso da hepatite B, a vacina contribui para a prevenção da doença em crianças e adultos. A hepatite C, segundo a Opas, apresenta chance de cura para 95% dos casos.

Todas as pessoas devem fazer testagem periodicamente, mas esta é ainda mais recomendada para:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 40 anos
  • Quem recebeu transfusão de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993
  • Usuárias e usuários de drogas injetáveis (e quem compartilha agulhas injetáveis)
  • Pessoas que têm tatuagem, piercing ou de escarificação (quando os procedimentos são feitos com material não descartável ou sem o devido cuidado sanitário, o risco é maior)
  • Pessoas com múltiplos parceiros sexuais
  • Pessoas que têm doenças sexualmente transmissíveis
  • Pessoas que admitem elevado consumo de álcool