‘Parte da sociedade normaliza e legitima a misoginia’, diz psicóloga

Para construir uma sociedade mais justa e com vida digna para todos, precisamos de políticas públicas para questões raciais e de gênero. Foto: Getty Images

15/12/2021 - Tempo de leitura: 49 segundos

Pesquisa divulgada no dia 13 de dezembro pelo Instituto DataSenado diz que 27% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar praticada por um homem. O levantamento é feito a cada dois anos, desde 2005, quando serviu de base para a formulação da Lei Maria da Penha. A informação confirma, de acordo com especialistas, que boa parte da sociedade brasileira é misógina, normaliza e legitima a misoginia.

Misoginia, em linhas gerais, é o sentimento de ódio, aversão e repulsa à figura feminina. O termo vem das palavras gregas “miseó”, que se traduz “ódio”, e “gyné”, que significa “mulher”.

Neste episódio do podcast Estadão Expresso na Perifa, o radialista Artur dos Anjos conversa sobre misoginia e suas consequências com Rafaela Vaz, mestranda em psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Rafaela afirma: a situação das mulheres no Brasil é fruto de uma construção colonialista, se mantém como estrutura de poder e tem consequências físicas e emocionais importantes.