Cidade nos EUA instala rodovia com carregamento sem fio para veículos elétricos

Detroit é a primeira cidade a instalar uma tecnologia como essa em via pública. Foto: Divulgação/Prefeitura de Detroit

06/12/2023 - Tempo de leitura: 1 minuto, 41 segundos

A cidade de Detroit, no Estado de Michigan, se tornou a primeira dos Estados Unidos a instalar uma rodovia de carregamento sem fio para veículos elétricos em uma via pública. A nova tecnologia permite que modelos elétricos carreguem sem precisar realizar paradas em pontos de recarga.

Para que isso aconteça, as bobinas indutivas estão embutidas sob as estradas e se conectam aos veículos através de receptores instalados nos carros e demais eletrificados. A energia percorre um curto espaço de ar para, então, alimentar as células dos veículos elétricos.

Bobinas instaladas sob a superfície da rodovia. Foto: Divulgação/Prefeitura de Detroit

As bobinas estão instaladas sob a superfície ao longo de um trecho de 400 metros da 14th Street, no bairro de Corktown, entre Marantette e Dalzelle. De acordo com a prefeitura de Detroit, a estrada funcionará como um teste para aperfeiçoamento da tecnologia em um ambiente real.

“O desenvolvimento de estradas eletrificadas pode ser o catalisador para acelerar o interesse e a aceitação dos EVs por todos os consumidores”, afirma Bradley C. Wieferich. De acordo com o o diretor do Departamento de Transporte de Michigan, uma rodovia com carregamento sem fio ajudaria os donos de veículos elétricos a encontrarem uma fonte de carregamento sem interromper seu deslocamento diário.

Empresa responsável

A tecnologia de carga indutiva é da Electreon Wireless, empresa especializada em carregamento sem fio. As bobinas de cobre funcionam apenas em veículos equipados com receptores da mesma empresa. Para a transmissão de energia acontecer, o modelo precisa se mover, enviando “eletricidade sem fio através de um campo magnético” para carregar a bateria.

Até então, um Ford E-Transit está equipado com um receptor utilizado para recolher dados como parte do projeto piloto com duração de cinco anos. Os dados coletados também podem ajudar na aplicação da tecnologia para outros tipos de veículos, como o transporte público.