Triciclos elétricos começam a atuar nas operações logísticas das empresas

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Triciclos elétricos começam a atuar nas operações logísticas das empresas

Por: Mário Sérgio Venditti . 02/01/2024

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Planeta Elétrico

Triciclos elétricos começam a atuar nas operações logísticas das empresas

Companhia de Santa Catarina, Fever Fleet oferece três veículos movidos a bateria no modelo de assinatura

5 minutos, 4 segundos de leitura

02/01/2024

Por: Mário Sérgio Venditti

Triciclo
Os veículos são fabricados na China e se destinam a entregas de última milha. Divulgação Fever Fleet

A Fever Mobilidade, hub de soluções de mobilidade sustentável em logística verde, criou a Fever Fleet, braço de assinatura de veículos 100% elétricos para movimentação de cargas e prestação de serviços de última milha.

Sediada em Florianópolis (SC), a Fever já está oferecendo a assinatura de três triciclos elétricos de carga nas 14 lojas da marca: Fever RAP FR150 Frigo (R$ 3.590 para contrato de 24 meses e R$ 3.190 para 36 meses), Fever RAP FR250 (R$ 3.050 para 24 meses e R$ 2.690 para 36 meses) e Fever RAP FR110 (preço sob consulta). Os veículos são importados da fabricante chinesa RAPsev e montados nas instalações da empresa, em Santa Catarina.

“Em 2019, começamos a perceber a mudança de comportamento do consumidor, impulsionado por novas tecnologias”, afirma Nelson Füchter Filho, CEO da Fever Mobilidade. “Passamos a nos concentrar nos clientes que precisam de um veículo para fazer seus negócios.”

A ideia de disponibilizar os triciclos elétricos para o serviço delivery se mostrou acertada. Segundo Füchter, a Fever já trabalha com uma carteira de potenciais 400 empresas de todos os portes. A meta é que 18.000 veículos sejam comercializados até o fim de 2027.

Nesse cenário, o executivo revela que o modelo de assinatura surge como inovação para utilizar o ativo que a empresa necessita, sem precisar dispor do dinheiro para a compra do veículo ou se prender a financiamentos longos com juros altos.

Leia também: Empresas começam a eletrificar suas operações logísticas

Veículo mais viável

Antes da escolha pelos triciclos, Füchter e seu sócio, Jacinto Silveira, avaliaram as possibilidades de veículos comerciais que seriam viáveis no mercado nacional. Na Europa, viram minicarros de quatro rodas, mas que são vetados pela legislação brasileira.

Os triciclos elétricos chineses – projetados por um ex-engenheiro da fabricante de motocicletas japonesa Kawazaki – entraram na mira. “Eles não são simplesmente os tuk-tuks, como os usados na Índia. São meios de transporte modernos e seguros, ideais para executar as entregas na chamada última milha dentro das cidades”, define Füchter.

Ele explica que o modelo Fever RAP FR150 Frigo, por exemplo, foi idealizado para ser um freezer, com caixa de refrigeração de carga de 150 quilos, e que suporta temperatura de até 18 ºC negativos. Pode transportar diversos materiais sensíveis ao calor, como vacinas.

“A modularidade da linha RAP é simples, e o compartimento de carga, versátil. O triciclo parece uma scooter com cabine prolongada, que pode ser adaptado para food truck, veículo de pet shop e coletor de resíduos. Além disso, ele conta com telemetria, painel digital, câmera de ré, duas entradas USB e para-brisa laminado”, destaca.

Manutenção simples

A bateria do triciclo é de íon-lítio, como nos automóveis elétricos, de 7,36 kW/h. Tem autonomia de 110 quilômetros, ou seja, dá conta de um dia de trabalho de oito horas. A recarga leva apenas uma hora e meia para ser concluída. Uma recarga de conveniência de 30 minutos, por exemplo, eleva a autonomia em 20 quilômetros.

A Fever conseguiu um parceiro de peso na área de pós-venda. A Bosch cuidará da parte de assistência técnica dos triciclos. “O serviço de pós-venda será fácil pela concepção do projeto, que não é nada complexo”, acentua Füchter. O veículo passa por revisão a cada 10 mil quilômetros rodados; e até os 30 mil nenhum componente precisa ser substituído. “É necessário completar somente o fluido de freio e o líquido do limpador de para-brisa”, conta.

Com o sucesso dos triciclos, Füchter pensa em expandir os negócios, com a oferta de veículos da linha Alkè, fabricante de caminhões compactos elétricos, com sede em Pádua (Itália). “Há forte interesse por caminhões e equipamentos para movimentação de carga no Brasil”, garante. “Esse mercado terá um boom nos próximos anos, causando aceleração no setor logístico.”

Segundo Füchter, toda negociação com a Fever Mobilidade pode ser feita nas 14 lojas da marca. Elas estão espalhadas nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto, Piracicaba e Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte e Uberlândia (MG), Curitiba (PR), São Leopoldo (RS), Fortaleza (CE), Balneário Camboriú e Florianópolis (SC), Belém (PA) e Maceió (AL).

Guincho elétrico vai operar em rodovia paulista

A Arteris, empresa especializada em gestão de rodovias, adquiriu um guincho 100% elétrico (acima) para prestar apoio aos usuários que trafegam na Rodovia Anhanguera (SP-330), no trecho administrado pela Arteris Intervias.

O veículo deverá atuar entre as cidades paulistas de Leme, Santa Rita do Passa Quatro, Pirassununga e Porto Ferreira. Segundo a Arteris, a aquisição integra o plano de descarbonização da empresa, que faz parte da sua agenda ESG.

O objetivo é testar o novo JAC iEV1200T para saber se a eletrificação pode trazer mais eficiência e sustentabilidade à operação, como a redução na emissão de dióxido de carbono (CO₂).

O modelo da JAC é o primeiro caminhão leve elétrico comercializado no Brasil. Trata-se de um guincho com quatro módulos de bateria, que lhe conferem autonomia para percorrer 200 quilômetros.

“Estamos aumentando nossa eficiência energética e adotando projetos usando fontes renováveis, como a implantação de lâmpadas de LED, instalação de painéis solares e utilização de etanol em 50% do consumo de combustíveis”, diz Christiana Costa, superintendente de sustentabilidade da Arteris. “Mas ainda é um desafio substituir o diesel quando pensamos em veículos pesados.”

Ela conta que o guincho elétrico aumentará a segurança dos colaboradores que vão operá-lo, pois a movimentação da plataforma poderá ser feita remotamente, possibilitando que o profissional permaneça em local seguro durante o atendimento.

Para saber mais sobre descarbonização no setor de transporte, acesse o canal Planeta Elétrico

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