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5 tecnologias que podem salvar a vida dos motociclistas

Por: Arthur Caldeira . 27/05/2021

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5 tecnologias que podem salvar a vida dos motociclistas

De bicicletas motorizadas no início do século 20, as motos evoluíram e adotaram a eletrônica para tornar a pilotagem cada vez mais segura

4 minutos, 21 segundos de leitura

27/05/2021

Por: Arthur Caldeira

Conteúdo produzido em parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária
Mobilidade Estadão, uma marca laço amarelo
Unidade de medição inercial. Foto: Divulgação Bosch
Unidade de medição inercial. Foto: Divulgação Bosch

As primeiras motocicletas, criadas no início do século passado, nada mais eram do que bicicletas com um motor adaptado. Afinal, o objetivo era ir mais rapidamente e com menos esforço de um ponto a outro. Felizmente, de lá para cá, elas se tornaram um dos modais mais populares em todo o mundo e também evoluíram bastante quando o assunto é tecnologia e segurança.

A evolução dos veículos de duas rodas pode ser notada desde a estrutura do chassi, passando pelo sistema de iluminação, até os pneus. “Uma motocicleta produzida atualmente é bem mais segura do que as antigas. Quadro, freios, pneus… Tudo é bem mais evoluído”, garante Alfredo Guedes, engenheiro e supervisor de relações públicas da Honda Motos.

Além das melhorias no processo de fabricação e em diversos componentes, a tecnologia contribuiu para que o ato de pilotar seja cada dia mais seguro. Conheça algumas tecnologias que podem salvar a vida de quem as pilota.

1 – Freios ABS

De acordo como banco de dados de acidentes da Alemanha, o German In-Depth Accident Study (Gidas), 47% dos acidentes com motos são causados por frenagem hesitante ou falha. Ocorrências que poderiam ter sido evitadas pelos freios ABS. Afinal, o sistema antibloqueio evita o travamento das rodas e a perda de controle da motocicleta, mesmo em uma frenagem de emergência em superfícies escorregadias.

Atualmente, só 20% das motos vendidas no Brasil têm freios ABS. Embora seja pouco, esse número vem crescendo nos últimos anos. Principalmente, porque todas as motos acima de 300 cc têm de ser equipadas com o sistema, segundo a legislação brasileira – enquanto as menores têm de usar freios combinados. Mas, hoje, há scooters de 150 cc à venda no Brasil com a opção dos freios ABS.

2 – Controle de tração

Depois da frenagem, a aceleração incorreta é outro fator que pode causar quedas. Bastam asfalto molhado, pneus frios e piloto empolgado para que uma aceleração exagerada faça com que a “força” transmitida à roda traseira supere a aderência dos pneus e pronto: mais um motociclista no chão. É justamente aí que entra o controle de tração, cujo objetivo é evitar que a roda traseira, que recebe o movimento do motor, derrape e cause acidentes.

Por meio de sensores nas rodas, e em outras partes da moto, a central eletrônica detecta a iminência de uma derrapagem e corta a injeção e combustível ou a ignição, impedindo que a roda perca tração e o motociclista caia. O controle de tração já está disponível em motos de 600 cc para cima.

3 – Faróis de LED e direcionais

Se pensarmos que as primeiras motos usavam carbureto, que produzia luz por meio de uma reação química, os atuais faróis de LED são enorme evolução no que se refere à segurança. Eles iluminam melhor, duram mais e consomem menos bateria. Atualmente, até mesmo modelos de 125 cc, como a scooter Honda Elite 125, já possuem a tecnologia.

Em modelos maiores, como a recém-lançada Honda Africa Twin 1100, há ainda um aro de iluminação diurna, que ajuda os outros condutores a ver a moto durante o dia, e os faróis são direcionais, ou seja, acompanham a inclinação das motos e melhoram a iluminação na parte interna das curvas.

4 – Alerta de frenagem de emergência

Comum em automóveis e motocicletas mais luxuosas, o sistema Emergency Stop Signal (ESS) começa a se popularizar entre as motos. Chamado de alerta de frenagem de emergência, em tradução do inglês, o ESS promete alertar o veículo que vem atrás quando o motociclista fizer uma frenagem de emergência. O objetivo é prevenir colisões traseiras, que são comuns em motos. A BMW foi a primeira a adotar o sistema, em 2015. A Honda passou a equipar todas as suas motos acima de 500 cc com o sistema, no ano passado.

O funcionamento é simples. Quando o motociclista faz uma frenagem brusca, a luz de freio pisca para alertar o condutor do veículo que vem atrás. Por meio de sensores, a central eletrônica detecta a desaceleração e aciona as setas, no caso das motos Honda, ou faz a própria luz de freio piscar, como nas da BMW.

5 – Unidade de medição inercial

Um dos mais modernos sistemas de assistência à pilotagem é a unidade de medição inercial, também conhecida pela sigla, em inglês, IMU (Inertial Measurement Unit). Trata-se de um sensor que detecta a posição da motocicleta em três eixos, sendo capaz de calcular inclinação em curvas, aceleração e frenagem – semelhante aos utilizados em aviões. Dessa forma, a IMU transmite parâmetros mais precisos para modular freios ABS e controle de tração até mesmo em uma curva.

Bastante avançado, o sistema está disponível, atualmente, apenas em motocicletas de maior cilindrada, como esportivas, aventureiras e grã-turismo. Ele torna a pilotagem de modelos potentes mais segura e, em muitos casos, evita quedas. Ainda assim, não é capaz de superar prudência e respeito às leis de trânsito para evitar acidentes.

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