“O tanquinho possui uma bomba de combustível que injeta gasolina para facilitar as partidas a frio, principalmente quando se usa 100% de etanol no automóvel”, diz Jairo de Lima Souza, professor de engenharia mecânica automobilística do Centro Universitário FEI. “O acionamento e a dosagem da injeção são automáticos e gerenciados pelos sistemas de controle do motor.” 

Ele explica que, atualmente, novas tecnologias dispensam a presença do tanquinho nos automóveis mais modernos: “Nos modelos sem o reservatório, o etanol é aquecido na linha de combustível por um sistema elétrico antes da injeção na câmara de combustão.”

Gasolina de boa qualidade

Muitas vezes esquecido, o tanquinho requer cuidados.

“É preciso abastecê-lo com gasolina de boa qualidade, de preferência a do tipo premium, que contém uma carga superior de aditivos”, diz o professor. “Ela aumenta a longevidade do sistema, trabalha melhor com o etanol e é mais resistente à oxidação”. E alerta: “Gasolina velha pode travar a bomba de combustível do tanquinho.”

Na prática, o sistema eletrônico do veículo verifica se a temperatura está ideal para iniciar o funcionamento. Se for necessário enriquecer a mistura para a partida a frio, ele utiliza, então, um pouco da gasolina do tanquinho. Daí a importância de usar uma gasolina de boa procedência.

Souza acrescenta que, sempre antes de abastecer o pequeno reservatório, é recomendável verificar se ele está totalmente limpo, sem resíduos ou vazamentos.

Além de evitar o acúmulo de sujeira, a gasolina de qualidade impede o entupimento das mangueiras e o ressecamento das borrachas que compõem o sistema.

Souza diz ainda que o motorista não deve forçar o acionamento do carro que esteja com pouca gasolina no tanquinho. A insistência pode provocar danos em componentes elétricos, no alternador e no motor de arranque do automóvel.