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Carros voadores na aviação executiva: futuro deste segmento é elétrico

Por: Daniela Saragiotto . 22/03/2023
Mobilidade para quê?

Carros voadores na aviação executiva: futuro deste segmento é elétrico

Parcerias mostram que segmento está cada vez mais próximo das cidades futuristas

2 minutos, 11 segundos de leitura

22/03/2023

Protótipo de um dos modelos de eVTOLs criados pela Eve. Foto: Divulgação Eve Air Mobility

Nos últimos anos, o setor de aviação executiva, que inclui voos sob demanda em aeronaves como jatos e helicópteros, tem apresentado aumento na procura. Mas nada será comparado, dizem especialistas e empresas do setor, com o crescimento que a eletrificação irá proporcionar no futuro.

“A grande revolução desse setor virá com os eVTOLs”, diz Paul Malicki, CEO da Flapper, se referindo ao veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, os chamados “carros voadores”, que prometem ser realidade muito em breve. Para o executivo da Flapper, uma plataforma independente de aviação sob demanda que vende assentos avulsos ou voos exclusivos e que aumentou sua receita anual em 2,5 vezes, em 2021, e elevou em 3 vezes seu lucro bruto, na comparação com 2020, a modalidade tem enorme potencial. “A eletrificação da aviação pode triplicar o tamanho do setor de aviação geral”, diz o executivo.

Ele acredita que, além do aumento no número de voos, a incorporação das aeronaves elétricas irá oferecer acesso a rotas e pontos de pouso e decolagem novos e anteriormente abandonados. “Pois essa promete ser uma alternativa mais econômica, ecológica e com menos ruído aos meios de transporte existentes”, diz Malicki.

Saiba mais: eVTOLS: objetos voadores identificados

Parcerias

A Avantto, empresa do setor pioneira, no mercado nacional, no gerenciamento e compartilhamento de aeronaves executivas, também tem apostado na eletrificação. Dessa forma, firmou um compromisso de ser coparticipante da implantação de um ecossistema de mobilidade aérea urbana na América Latina, em parceria com a Eve Urban Air Mobility (Eve), empresa da Embraer que tem se dedicado ao desenvolvimento de eVTOLs no Brasil.

De acordo com a Avantto, Rogerio Andrade, CEO da empresa, foi responsável pelas negociações do pedido de 100 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOLs), com entrega prevista para 2026.

“Vamos interagir e coparticipar no desenvolvimento das operações das aeronaves, das funcionalidades do vertiporto e do controle de espaço que será necessário, integrando todos esses fatores e processos desenvolvidos”, diz Andrade.

Em julho de 2021, a Flapper também fez parceria com a empresa da Embraer: pelo acordo, a Eve espera fornecer à Flapper até 25 mil horas de voo por ano, nas principais cidades da América do Sul, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santiago do Chile e Bogotá (Colômbia), e na Cidade do México (México).

A ideia é entender, na prática, como esse novo ecossistema irá se comportar. Segundo a empresa, o contrato tem o potencial de trazer até 25 EVtols da Eve para sua plataforma.

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