Na época, eram 121,56 km de estrutura apenas para ciclistas, equivalente a 23,53 km a cada 100 mil moradores. A média do Brasil para a mesma categoria era de 8,18km. Hoje, a ilha tem 145,11km de ciclovias e ciclofaixas – construídas para uso de bicicleta. Quando consideramos vias não-exclusivas, como ciclorrotas e passeios compartilhados, a extensão aumenta para 222,83km.

Expansão cicloviária

“Um dos nossos objetivos é o de nos tornarmos a capital com mais quilômetros por habitante do País”, afirma Michel Mittman, secretário de planejamento urbano e desenvolvimento da Prefeitura de Florianópolis. De acordo com o secretário, Florianópolis tem realizado mapeamentos para ampliar sua malha para 300 km no futuro.

Para facilitar as construções, a prefeitura também vai lançar nesta quinta, 29/06, sua própria edição das normas cicloviárias nacionais. O documento servirá como um manual de obras para as próximas iniciativas na cidade. “O manual compila as normas existentes com o nosso DNA, específico de Florianópolis”, completa.

Regulações como essa também foram uma demanda da própria população. Através da Associação Mobilidade por Bicicleta e Modos Sustentáveis, a Amobici, os moradores exigiram uma priorização nas obras cicloviárias, nos últimos anos. “Principalmente para onde a ciclovia acaba, [porque] os pequenos detalhes também são muito importantes”, afirma Carolina Griggs, diretora financeira voluntária da Amobici.

De acordo com Carolina, apesar da expansão, ainda não há uma precedência dos modos de transporte sustentáveis na ilha. “A gente ainda não vê a priorização do pedestre, bastante gente idosa não consegue andar nas calçadas”, exemplifica.

Atualmente, a Amobici conta com 400 membros associados. Em 2021, organizaram uma petição para a revitalização da ciclovia anexa à Via Expressa Sul, entregue no ano passado.