A companhia considera que essa estratégia contemplará o desejo dos proprietários de manter os veículos interessantes e atualizados mesmo depois de alguns anos de uso.Classificando-se como em fase de transição para tornar-se uma empresa de tecnologia de mobilidade, a Stellantis implantará, a
partir do ano que vem, três plataformas tecnológicas alimentadas por inteligência artificial nas suas quatro novas plataformas globais de veículos.

Serão plataformas abertas, que evoluirão continuamente com a atualização ou acréscimo de recursos sem fio, disponíveis na nuvem. Para viabilizar as transformações que projeta, a Stellantis tem feito uma série de parcerias estratégicas.

Algumas das mais recentes envolvem acordos com fabricantes de chips para fornecimento garantido de semicondutores críticos, que desempenharão papéis importantes nas futuras plataformas de veículos, e a compra de 33,3% da Symbio, empresa líder em mobilidade a hidrogênio com emissões zero.

Lazer e segurança

Outra das grandes tendências do mercado automobilístico é a dos veículos autônomos, que dispensarão a necessidade de motorista. A todo momento surgem novas etapas de avanço em direção a esse futuro considerado inevitável.

Sabe-se que o Brasil ficará umpouco para trás em comparação à Europa e aos Estados Unidos, por conta da necessidade de aprimorar a infraestrutura das rodovias e das cidades. Diante da perspectiva dos veículos autônomos, a preocupação com o design dos veículos é tornar os espaços internos mais confortáveis e propensos ao lazer, já que todos os passageiros ficarão inteiramente livres para aproveitar as horas de deslocamento.

Surgiram até empresas especializadas em desenvolver opções de entretenimento a bordo de automóveis. É ocaso da Holoride, que oferece experiências de realidade virtual sincronizadas aos movimentos realizados pelo carro. Assim, se o veículo faz uma curva para a direita, por exemplo, essa sensação é incorporada ao jogo.

Outro foco da indústria automotiva é aprimorar a segurança. A Bosch, que desenvolve softwares para esse mercado, criou um sistema que combina sensores e algoritmos de inteligência artificial para prever uma colisão momentos antes de ela efetivamente ocorrer. Com isso, pode-se realizar ações de prevenção nas frações de segundo que precedem o choque, como o reforço dos cintos de segurança e o disparo do sistema de air bags.No mesmo campo da prevenção, a fabricante sueca Polestar apresentou o sistema SmartEye, em que duas câmeras acompanham os movimentos da cabeça e dos olhos do motorista.

O recurso identifica automaticamente sinais de cansaço e problemas mais extremos, como desmaios ou ataques cardíacos, situações em que a direção autônoma assume o comando e conduz o veículo a uma parada em lugar seguro. Já a tecnologia M.Brain, criada pela Hyundai, monitora ondas cerebrais para identificar e emitir alertas sobre eventuais alterações nos motoristas – sonolência, desatenção e uma série de dados ligados à saúde. O grande diferencial é a detecção dos problemas antes mesmo da manifestação por sinais visíveis, como a movimentação dos olhos.