Como escolher sua primeira moto; veja 5 dicas essenciais
Veja o que levar em conta para dar “match” com o modelo 0-km ideal para iniciar sua vida em duas rodas
Se, assim como Vital, da famosa canção do “Paralamas do Sucesso”, a vida em duas rodas é tudo o que você sempre quis, elaboramos este pequeno guia com dicas de como escolher sua primeira moto. Afinal, atualmente, existem inúmeras opções no mercado e, principalmente, os iniciantes ficam em dúvida sobre qual moto comprar.
O primeiro passo, antes mesmo de escolher a moto, é tirar a carteira de habilitação. “É preciso cumprir todo o script do processo de habilitação que precisa ser feito com motos de, no mínimo, 125 cc, e câmbio manual, como determina a legislação vigente”, esclarece Luiz Gustavo Guereschi, supervisor de relações públicas da Honda Motos.
A partir daí, existem alguns fatores a serem levados em conta na hora de escolher um modelo 0-km ideal e ainda uma dica essencial para começar bem no mundo das duas rodas. Confira.
1- Biotipo
Guereschi afirma que a primeira coisa a se levar em consideração na hora de escolher uma moto é seu biotipo. “Uma moto leve e com a altura do assento compatível com a estatura da pessoa irá dar mais segurança para quem está começando”, explica.
Dessa forma, o iniciante poderá apoiar os pés no chão, quando para no semáforo ou quando for manobrar sua moto, de acordo com o executivo da Honda.
Além disso, um modelo mais leve, facilita as manobras em baixa velocidade e também a condução no trânsito. Com o tempo e experiência, o motociclista pode até escolher motos mais pesadas e altas, dependendo do seu uso.
2 – Trajeto
Antes de tomar uma decisão, deixe de lado a paixão e escolha sua moto com a razão, ensina o instrutor de pilotagem da Yamaha, José Roberto Favaro. “O motociclista tem que se perguntar honestamente qual vai ser o uso dessa motocicleta. Vai rodar só na cidade? Ou também vai pegar estrada?”, exemplifica.
Luiz Gustavo, da Honda, acrescenta que não existe o modelo ideal. “A moto ideal está vinculada a utilização do cliente”, diz ele. Na hora de escolher uma moto, pergunte-se qual uso fará dela.
Apenas como meio de transporte? Ou será sua ferramenta de trabalho? Com base nessas respostas, você fará uma escolha melhor. O executivo da Honda acrescenta que os vendedores das concessionárias da marca recebem treinamento para indicar a moto mais adequada a cada tipo de cliente.
Mulheres que costumam usar sapatos de salto para trabalhar, por exemplo, têm nas scooters uma boa opção, revela Guereschi. Além de terem câmbio automático e acionamento dos freios com as mãos, as scooters têm plataformas e não danificam os sapatos na hora de trocar as marchas com o pé.
Já quem costuma carregar mochilas ou sacolas pode optar pelas CUBs, como a Honda Biz, que tem espaço de armazenamento sob o banco e ganchos para levar sacolas.
Também é preciso levar em conta o tipo de terreno. “Quem roda em estradas de terra pode optar pela Pop 110i, que tem o paralama mais alto do que a Biz”, complementa Guereschi.
Modelos trail de entrada, como a Honda Bros 160 também podem ser uma boa opção – mas não se esqueça de verificar se você alcança os pés no chão com facilidade.
3 – Cilindrada
Outra dúvida frequente é em relação à cilindrada. “Recomendamos as motos de menor cilindrada”, afirma o supervisor de relações públicas da Honda Motos. Modelos de 125 cc, 150 cc ou até mesmo 160 cc, como a campeã de vendas Honda CG 160, são os ideais. Além de mais leves, têm menos potência.
Mesmo que você transite em avenidas de trânsito rápido ou rodovias nos grandes centros, esses modelos chegam a 100 km/h e acompanham tranquilamente o trânsito nessas vias, garante Guereschi.
Mas, se for rodar muitos quilômetros na estrada, uma moto de 250 cc ou até 300 cc pode ser uma opção. Apesar de terem mais potência, esses modelos têm estruturas adequadas para seu melhor desempenho.
“Em uma moto maior, como a CB 300F ou a nova Sahara 300, o quadro, as suspensões e os pneus são projetados de acordo com seu desempenho. Além disso, elas já têm freios ABS, que também ajudam na segurança do motociclista”, esclarece Guereschi.
4 – Câmbio manual ou automático
Qual a melhor opção: uma scooter com transmissão automática ou uma moto com câmbio convencional? Nesse ponto, existem diferentes opiniões. Sem dúvida, o câmbio CVT das scooters é muito mais prático e fácil de usar, principalmente para os iniciantes. Os críticos, porém, dizem que quem começa a andar de moto de scooter não pratica as trocas de marchas. Com isso, acabam não aprendendo.
“Vai do uso e da preferência de cada um, mas, nos grandes centros, as scooters ajudam bastante”, acredita Guereschi da Honda. Segundo ele, nesse tipo de moto o iniciante pode se concentrar no equilíbrio da moto e nas condições do trânsito, sem se preocupar com as trocas de marchas.
Afinal, embora para tirar carta todo mundo pilote motos com câmbio convencional, coordenar o acionamento da embreagem com a mão e a troca de marchas no pedal de câmbio exige certa coordenação e treinamento. É justamente aí que vem a dica extra para você começar bem sua vida em duas rodas.
5 – Prática
Como tudo nessa vida, andar de moto também exige prática. Desde trocar as marchas, fazer curvas ou frear com segurança, tudo precisa ser treinado. Nem sempre a melhor forma de fazer isso é comprar uma moto e já sair encarando o trânsito de uma segunda-feira brava. Afinal, o iniciante, inevitavelmente, estará tenso, pois se trata de uma coisa nova.
Um conselho do representante da Honda é ir devagar, literal e figurativamente. “Nos cursos, sempre recomendamos que o cliente comece a pilotar na sua rua, no seu bairro, aos finais de semana, quando há menos trânsito. Tudo para se familiarizar com a moto, com os comandos e também com seu comportamento dinâmico”, finaliza Luiz Gustavo Guereschi.
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