Celular ao volante quadruplica os riscos de acidente
No ano passado, quase 2,1 milhões de motoristas foram multados no Brasil por utilização indevida do aparelho
2 minutos, 18 segundos de leitura
07/09/2020
No trânsito ou em várias outras situações de mobilidade – a exemplo de usar o transporte coletivo ou atravessar uma rua –, basta um segundo de desatenção para que a pessoa corra sérios riscos. E o principal “ladrão” da atenção nos últimos anos tem sido, sem dúvida, o celular.
É compreensível a relação quase orgânica que muita gente desenvolveu com esse equipamento, integrado ao cotidiano. O que as autoridades de trânsito e de saúde pedem, contudo, é muito cuidado na relação entre celular e movimento.
Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a prática de usar o celular ao volante multiplica por quatro os riscos de acidente. “Diminui os tempos de reação (principalmente o da frenagem, mas também a reação aos sinais de trânsito) e dificulta que o condutor mantenha o carro na pista correta e guarde as distâncias de segurança”, descreve um documento da instituição.
Erros mais comuns
Como muita gente insiste em desobedecer ao bom senso, o uso do aparelho pelos motoristas tornou-se a terceira maior causa de acidentes de trânsito com mortes no Brasil, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).
Só fica atrás de excesso de velocidade e embriaguez. Além dos riscos à própria integridade física e à dos outros, a atitude pode trazer prejuízos ao bolso. Dirigir segurando ou manuseando celular é uma infração gravíssima, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Um dos erros mais comuns é imaginar que tudo bem mexer com o celular enquanto o carro está parado no semáforo, mas isso também pode gerar multa. Assim como colocar o aparelho num apoio não elimina completamente as possibilidades de punição.
No ano passado, foram emitidas quase 2,1 milhões de Notificações de Penalidade decorrentes de infrações por uso de celular por motoristas, de acordo com as estatísticas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
No primeiro semestre deste ano, o número caiu pela metade em relação ao mesmo período do ano passado, mas se trata claramente de consequências da pandemia, e não da maior conscientização dos motoristas.
Riscos nas escadas
A preocupação com o uso inapropriado do celular chegou também ao metrô. Por iniciativa das operadoras ViaQuatro e ViaMobilidade, algumas estações de São Paulo ganharam campanhas que alertam para o aumento dos riscos de acidentes pelas distrações que o celular pode causar.
“Caminhar e digitar ou olhar o celular ao mesmo tempo são coisas que não combinam. Fique atento e evite acidentes”, alerta uma das frases.
Quer uma navegação personalizada?
Cadastre-se aqui
0 Comentários