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Bicicletários da Linha 5-Lilás são automatizados, descubra o que mudou e se a situação melhorou

Por: Fellipe Gualberto . Há 4 dias

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Bicicletários da Linha 5-Lilás são automatizados, descubra o que mudou e se a situação melhorou

Novidades devem trazer mais facilidade aos ciclistas e incentivar uso de bikes para chegar às estações

3 minutos, 31 segundos de leitura

13/12/2024

Saiba como usar os bicicletários da ViaMobilidade e entenda se a medida é mesmo positiva. Foto: Divulgação/ViaMobilidade

A ViaMobilidade automatizou os bicicletários da Linha 5-Lilás, do metrô de São Paulo. Usando o app Bicicletário ViaMobilidade, o usuário pode consultar as vagas disponíveis em cada estação e estacionar em um espaço monitorado por câmeras. No entanto, segundo especialistas, a medida pode desincentivar usuários em potencial que estariam na região.

Leia também: 5G no metrô de São Paulo? Linha 5-Lilás deve ganhar sinal de internet

Como funcionam os bicicletários automáticos da ViaMobilidade?

Das 17 estações na Linha 5-Lilás, nove possuem bicicletários. Somando todas as vagas, os usuários possuem 664 espaços para deixar suas bicicletas. Confira os locais que podem receber as bikes e qual a capacidade.

Estações da Linha 5-LilásVagas no bicicletário
Alto da Boa Vista100
Borba Gato84
Brooklin30
Campo Belo144
Eucaliptos92
Moema68
AACD-Servidor36
Hospital São Paulo30
Santa Cruz80
Fonte: ViaMobilidade

Para usar as estruturas, é preciso baixar o app “Bicicletário ViaMobilidade”, disponível para iOS e Android. Em seguida, o interessado deve criar uma conta e comparecer a uma Sala de Supervisão Operacional (SSO), para validar o cadastro com um documento pessoal com foto. Neste momento, os usuário também ganha um lacre pessoal, que dá acesso a todos os bicicletários.

Depois de concluir o cadastro, uma pessoa pode guardar ou retirar a uma bicicleta por conta própria, o que garante mais agilidade ao processo. “Essa medida [automatização dos bicicletários] é importante, porque dá total autonomia para os usuários de bicicleta”, afirma Antônio Silva, diretor da Linha 5-Lilás.

Por fim, em nota, a ViaMobilidade afirma que “o tempo máximo de permanência para reserva no espaço é de quatro dias. Se o período for ultrapassado, a concessionária retira a bicicleta e guarda por até 60 dias”. Caso tenha a bicicleta retirada, o ciclista deve entrar em contato com Central de Atendimento, no número 0800 770 7100.

Bicicletários automáticos podem desincentivar ciclistas

“Para o usuário frequente, que está todo dia na estação, a automação funciona. Essas pessoas já têm o cadastro e usam o espaço com facilidade, mas como ficam as pessoas que não estão acostumadas? Esse público também poderia usar o bicicletário”, reflete Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.

Guth explica que a “infraestrutura induz demanda. Ciclovias, ciclofaixas e bicicletários são estruturas que incentivam o uso de bicicleta”. Sendo assim, a presença de um estacionamento para bikes em uma região pode ser um estimulo para pessoas que não usam o modal o adotarem.

De acordo com o especialista, um estacionamento prático, de fácil acesso e seguro poderia fazer com que mais ciclistas usassem esse modal para chegar ao metrô. Essas estruturas podem até mesmo servir de estacionamento para pessoas que trabalham na região, em prédios que vezes não tem garagem.

No entanto, a automação de um bicicletário pode desincentivar esses novos usuários, por tornar o processo para estacionamento mais complicado, exigindo cadastro e apresentação de documentos.

“Se automação for feita para comodidade do usuário, para acelerar e facilitar o estacionamento de um grande flixo de ciclistas, ela é positiva. Agora, se a automação foi planejada apenas para redução de custos, a motivação é questionável”, ele resume.

Incentivar o uso de bicicletas

Guth também fala sobre a necessidade de planejamento ao construir um bicicletário. “É fundamental que os horários do bicicletário sejam condizentes com o horário de funcionamento da estação. Na Linha 5-Lilás, o horário de funcionamento da estações é diferente do praticado no estacionamento para bikes”, ele afirma. De fato, o estacionamento de bicicletas finaliza seu serviço às 22h, enquanto as estações prestam serviço até 00h.

Ao mesmo tempo, o especialista também diz que é necessário investir no crescimento de ciclofaixas e ciclovias que alimentem pontos estratégicos, como estações de trem e metro. Ao criar rotas seguras para bicicletas que ligam zonas povoadas à estações, é possível criar novos ciclistas e diminuir o número de carros nas ruas.

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