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Fábrica da Hero no Brasil deve iniciar produção de motos em 2026

Por: Arthur Caldeira . Há 1 min atrás
Meios de Transporte

Fábrica da Hero no Brasil deve iniciar produção de motos em 2026

Unidade fabril da gigante indiana irá produzir motos elétricas e a combustão em Manaus (AM)

3 minutos, 23 segundos de leitura

08/05/2025

Hero Motocorp Ltd. Indian motorcycle manufacturing plant in Gurgaon, India. Foto: Adobe Stock
Hero produziu 5,9 milhões de motos em 2024; operação no Brasil visa expandir presença da gigante indiana na América Latina. Foto: Adobe Stock

A Hero MotoCorp apresentou à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) o projeto técnico-econômico que prevê a construção de uma fábrica no Brasil. A unidade fabril da gigante indiana ficará no Polo Industrial de Manaus (AM) e deverá produzir tantos motos elétricas quanto a combustão jjá em 2026.

Uma das maiores fabricantes de motos do mundo, com 5,9 milhões de unidades produzidas em 2024, a Hero terá uma subsidiária própria no Brasil. A chegada da gigante indiana ao mercado brasileiro foi antecipada por MotoMotor em agosto do ano passado.

As informações sobre a chegada da Hero ao Brasil surgiram em uma apresentação aos investidores sobre os resultados fiscais da companhia. De acordo com o relatório, a Hero teria uma linha de montagem no Brasil já neste ano. Em função da burocracia e dos trâmites para instalar uma fábrica em Manaus e gozar dos benefícios fiscais, o início da operação da fábrica da Hero deve ficar mesmo para 2026.

Com planos de expandir sua atuação global, a Hero iniciou a produção de motos nas Filipinas, em março de 2024, e agora virá o Brasil. O interesse da fabricante no mercado brasileiro cresceu, principalmente, após a vinda de outras marcas indianas ao País, como Royal Enfield e Bajaj.

Esta não é a primeira vez que a Hero demonstra interesse no mercado brasileiro. Em 2014, a fabricante indiana havia anunciado a intenção de entrar no país, mas o plano foi arquivado em função do combustível brasileiro, que usa uma mistura de gasolina e etanol, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.

Produção começa em 2026

Agora, representantes da empresa DDL Associados, consultoria responsável pelo projeto da fábrica da Hero no Brasil, se reuniram com a diretoria da Suframa. De acordo com a coordenadora da área de consultoria e projetos da DDL Associados, Karine Atala Frota, a unidade fabril da Hero deve começar a operar no início do próximo ano.

“Ainda estamos na fase inicial do processo, com a submissão do projeto à Suframa. A previsão é de que a unidade entre em operação cerca de seis meses após a aprovação do projeto, possivelmente no início de 2026”, explicou Karine.

Uma das líderes do mercado de motos na Índia, a Hero busca agora expandir sua presença na América Latina por meio do mercado brasileiro. Segundo a coordenadora, a planta em Manaus atenderá inicialmente ao mercado interno, com a possibilidade de exportar para outros países futuramente.

A previsão é que nas próximas semanas seja formalizada a criação do CNPJ da empresa no Brasil, marcando o início das etapas preparatórias para a instalação da unidade fabril. Embora tenha oficializado a planta produtiva em Manaus, a Hero não revelou detalhes da operação. Ainda não se sabe se a unidade operará no regime CKD (Completely Knocked Down), no qual as motos são montadas localmente a partir de kits importados, como funciona a também indiana Bajaj. Tampouco foram divulgados quais modelos a Hero irá trazer para o Brasil.

Manaus é centro de produção de motos no Brasil

Atualmente, o Polo Industrial de Manaus (PIM) produz praticamente 90% das motocicletas vendidas no Brasil. No primeiro trimestre deste ano, o PIM faturou R$ 55,66 bilhões, o que representa crescimento de 15,61% em relação a igual período do ano passado.

O setor de Duas Rodas é o segundo maior em faturamento no PIM, responsável por 19,56% de participação. Dessa forma, fica atrás apenas do setor de bens de informática.

Leia também: Manaus, capital brasileira das motos

“A instalação da nova fábrica deve gerar um volume expressivo de empregos diretos e indiretos na região, reforçando o papel estratégico da Zona Franca de Manaus no desenvolvimento industrial da Amazônia e na atração de investimentos internacionais”, afirmou o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.

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