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Carros autônomos já existem, mas ainda enfrentam dificuldades nas ruas

Por: Redação Mobilidade . Há 13 dias

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Carros autônomos já existem, mas ainda enfrentam dificuldades nas ruas

Tecnologias são usadas também em veículos acessíveis e estão em plena evolução

3 minutos, 18 segundos de leitura

19/04/2024

Por: Redação Mobilidade

carros autônomos
Autonomia completa dos veículos ainda enfrenta obstáculos, como a falta de estrutura adequada nas estradas. Foto: Getty Images

Automóvel sem motorista não é mais coisa de ficção científica. Carros autônomos encontram-se em constante desenvolvimento e podem estar, inclusive, na garagem de sua casa. Afinal, algumas funcionalidades já estão presentes em automóveis acessíveis ao consumidor brasileiro. Mas é preciso entender que nenhum ainda é capaz de dispensar completamente o condutor.

“O controle funciona por meio de câmeras e sensores de distância, como radares e lidar (sigla de light detection and ranging ou detecção e alcance de luz). Eles identificam o ambiente e se há um carro à frente, pessoas no entorno, qual é a luz acesa do semáforo, etc.”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

Segundo Mendes, essas informações são processadas em um ou mais computadores para que uma movimentação segura seja planejada. Por fim, os atuadores são responsáveis por executar a manobra do veículo.

O sistema automatizado que substitui o motorista é classificado por seis níveis de operação. O primeiro identifica um carro comum sem automação, ao passo que o último “enxerga” um automóvel capaz de navegar de forma autônoma por qualquer ambiente sem a intervenção do motorista. Os veículos com níveis um, dois e três já estão no mercado:

  • Nível 1: basicamente, são carros com o controlador de velocidade, o popular piloto automático, que se popularizou no Brasil nos anos 1990.
  • Nível 2: conta com o ACC (piloto automático adaptativo) com auxiliar de permanência em faixa ou frenagem de emergência.
  • Nível 3: veículos que possuem o ACC e com os dois auxiliares juntos, ou seja, assistente de permanência em faixa e frenagem de emergência. Carros nacionais, como Volkswagen Nivus e Fiat Pulse, além de outros modelos mais caros, já possuem esse recurso.
  • Níveis 4 e 5: são automóveis que podem andar sozinhos, mas com a supervisão do motorista no nível quatro ou sozinho sob determinadas condições no cinco.
  • Nível 6: são carros que rodam sem atuação de motorista e sob qualquer condição. Veículos nos níveis 4, 5 e 6 ainda estão em desenvolvimento e fazendo testes em ambientes controlados, mas sem previsão de chegada ao mercado.

De acordo com Mendes, as fabricantes buscam preservar o equilíbrio na produção. Por isso, vêm inserindo gradativamente recursos capazes de aumentar a autonomia dos veículos.

“Algumas empresas de tecnologia partem de um veículo com elevado nível de autonomia e tentam aumentar aos poucos a escala de produção”, afirma.

Infraestrutura para carros autônomos

No entanto, Mendes aponta que a autonomia completa dos veículos ainda enfrenta obstáculos, como a falta de estrutura adequada nas estradas.

“Os eventos que ocorrem frequentemente nas ruas de uma cidade são tipicamente bem interpretados pelos carros com funcionalidades autônomas”, diz.

“Entretanto, em eventos menos frequentes, o autônomo pode apresentar dificuldades em seguir com uma navegação segura, devido às limitações inerentes ao desenvolvimento da inteligência artificial embarcada.”

O docente da FEI também aponta que a infraestrutura rodoviária possui papel importante na implementação de carros autônomos. “Placas, semáforos e marcações na pista devem ser bem visíveis para que os dispositivos funcionem adequadamente”, diz.

Para ele, a parte de segurança da tecnologia é um degrau que os carros autônomos ainda precisam enfrentar.

“Discute-se muito sobre segurança cibernética, legislação e aceitação do público a essa tecnologia. De fato, o carro autônomo precisará estar protegido de invasões de hackers e caberá às autoridades regulamentar a tecnologia no mesmo ritmo em que ela é desenvolvida. Além disso, o mercado consumidor deve ser corretamente identificado, tanto culturalmente quanto financeiramente”, completa.

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