Frenagem autônoma de emergência: quando o carro para sozinho
Já presente em carros vendidos na Europa, o AEB é capaz de evitar colisões e até atropelamentos
2 minutos, 21 segundos de leitura
05/05/2022
Você está dirigindo em uma rua tranquila e vai dar uma olhada rápida no GPS quando, inesperadamente, o carro à sua frente freia. Se o seu veículo contar com a Frenagem Automática de Emergência (AEB na sigla em inglês), a colisão e a dor de cabeça podem ser evitadas.
“O principal módulo responsável pela frenagem autônoma é o ESC [Eletronic Stability Control] – com novos softwares acrescentados”, explica Michel Braghetto, gerente de marketing das divisões de sistemas de controle de chassi e de soluções de computação de domínio cruzado da Bosch.
“Mas para o sistema identificar se o que está à frente do veículo é outro carro, um pedestre ou um ciclista, ele precisa detectar esses objetos, e para isso, é preciso um sensor de radar ou uma câmera de vídeo – ou ambos”, afirma.
O sinal do radar tem maior alcance e acurácia, enquanto a câmera de vídeo permite identificar pessoas e ciclistas com maior precisão. O uso de um ou outro (ou de ambos) dependerá da estratégia da montadora e, claro, do custo envolvido. Sistemas de radar, atualmente, são muito mais caros e complexos do que câmeras de vídeo.
Como o freio automático funciona?
O sistema de frenagem automática identifica melhor um carro que está na frente do que um ciclista ou motoqueiro que cruza o caminho inesperadamente. Isso ocorre por causa da velocidade e, principalmente, das dimensões. Não é à toa que a maioria dos modelos equipados com AEB no Brasil hoje possui sistemas que detectam apenas outros veículos, como observa o especialista da Bosch.
Com o automóvel em movimento, o sistema AEB atua o tempo todo, captando os sinais dos veículos à frente. “Se um deles reduzir a velocidade repentinamente, o módulo do ESC – baseado nas informações enviadas pelo radar – vai operar levando em conta a velocidade com que o carro se aproxima daquele que parou e se o motorista está fazendo alguma manobra para evitar a colisão”, diz Michel Braghetto.
“O programa imediatamente vai alertar o condutor com sinais visuais e sonoros, e se mesmo assim o condutor não reagir, o ESC vai acionar os freios para impedir o acidente”, explica. O executivo da Bosch alerta, contudo, para o fato de o AEB ser um sistema auxiliar. O motorista jamais deve ficar desatento por estar conduzindo um automóvel com o equipamento.
Além disso, Braghetto reforça a atenção necessária ao se escolher um automóvel equipado com frenagem automática de emergência: “Quando o consumidor adquire um carro com AEB, é recomendável que ele se informe sobre qual é o tipo de objeto que o sistema é capaz de detectar.”
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