Fusíveis protegem os circuitos elétricos do carro
Pane nesses componentes simples e compactos pode sinalizar problemas sérios
2 minutos, 29 segundos de leitura
25/01/2022
Responda com sinceridade: você já trocou algum fusível do seu carro? Proprietários de veículos mais novos – mesmo com muitos quilômetros rodados – dificilmente responderão sim a essa pergunta, mas quem tem (ou já teve) um modelo antigo ou com acessórios não-originais provavelmente sabe como substituir o componente.
“Fusível não é item de manutenção, mas, sim, de segurança”, afirma Diego Riquero Tournier, chefe de serviços automotivos para a América Latina da Bosch. “Ele existe em um circuito elétrico para protegê-lo de sobrecargas; é uma chave térmica, como o disjuntor que temos nas residências”, explica.
“Cada fusível é projetado para trabalhar com uma determinada corrente, quando ele se abre (queima), é porque houve um pico de energia.”
Cada circuito elétrico do automóvel possui uma arquitetura, diz Tournier. “O circuito das luzes de um determinado veículo pode ter, digamos, oito ampères de consumo previsto em sua condição máxima”, exemplifica.
“Nesse caso, os projetistas podem instalar um fusível de dez ampères, pois se a corrente apresentar um pico dessa intensidade, o fusível vai se abrir, protegendo o circuito e evitando até incêndios.”
Fusível é proteção para a vida toda
Como não sofre desgaste, o fusível não tem data estipulada para substituição ou manutenção. “Ele não envelhece e é projetado para durar a vida toda do veículo”, diz Diego Tournier.
A sua queima deve ser vista com atenção, pois pode indicar algum problema elétrico, como mau funcionamento de um equipamento, acessório mal instalado, curto-circuito etc.
“A prática comum é substituir o fusível queimado da primeira vez e só procurar uma oficina se o mesmo componente se romper novamente”, afirma. “Mas um fusível queimado já deve acender o sinal de alerta”.
Também é proibido instalar um fusível de capacidade maior em lugar de um que queimou repetidas vezes: “Se instalar um fusível de 15 ampères em vez de um de cinco porque está queimando direto, você perde a proteção para aquele circuito.”
O especialista da Bosch diz ainda que o mercado de reposição vem sofrendo uma verdadeira “invasão” de fusíveis de procedência duvidosa e que não entregam a capacidade indicada, ou seja, componentes de cinco ou dez ampères, por exemplo, que não possuem essas resistências.
“Vamos supor que o circuito exige um fusível de dez ampères e você instala, sem saber, um que só se abre ao atingir 20 ou 50 ampères. Você passa a se arriscar sem saber”, explica.
Os fusíveis devem seguir o padrão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), mas há produtos no mercado que descumprem as regras. Para se precaver, o melhor é pesquisar e adquirir apenas componentes produzidos por empresas reconhecidas e idôneas.
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