Até o início dos anos 1990, quem adquiria um carro novo fazia questão de verificar se o veículo vinha de fábrica equipado com o protetor do cárter. Em caso negativo, já tratava de mandar instalar um assim que possível.
Mas qual a função desse item? Ele continua sendo tão importante?
O protetor do cárter é um tipo de capa, feita de aço, cuja função é resguardar a parte mais baixa do motor, o cárter. Este, por sua vez, é o depósito onde o óleo lubrificante fica armazenado.
Assim, se um impacto com buraco, pedra ou irregularidade no asfalto causar algum dano a esse depósito, o resultado pode ser um vazamento ou a interrupção do fluxo do óleo, o que pode até levar o motor a fundir.
Não é só isso. Existe também o chamado bujão do cárter, uma espécie de tampa rosqueada por onde se retira o óleo usado na hora da troca, que fica em uma posição ainda mais baixa e mais exposta.
Por tudo isso, é compreensível que muita gente ainda faça questão de instalar o protetor de cárter. Mas é preciso estar atento a alguns pontos.
Ao adquirir um carro novo, verifique se ele já possui o equipamento. Em caso negativo, confira no manual do proprietário se a fabricante faz alguma restrição e verifique se a peça que você pretende instalar é homologada pela montadora.
Algumas fabricantes de automóveis – principalmente importados – não recomendam a instalação do item, pois afirmam que seus veículos já contam com o cárter protegido ou que a peça pode desequilibrar o carro.
Já os protetores não homologados podem prejudicar o arrefecimento do motor ou até mesmo a troca de óleo se o acesso ao bujão do cárter for obstruído.
O uso de protetores não homologados ou não recomendados dificilmente acarreta a perda de garantia do veículo, mas a montadora pode se recusar a cobrir um eventual dano causado pela instalação do equipamento.