Qual é o melhor: freio de estacionamento manual ou eletrônico?
Entenda como esses dois tipos de sistema de frenagem do carro funcionam
3 minutos, 7 segundos de leitura
28/07/2023
O freio de estacionamento, também conhecido como freio de mão ou de emergência, é um sistema de frenagem usado para manter carros parados quando estacionados sem depender de pedais. Ele também foi originalmente projetado para funcionar como um backup, embora não deva ser usado para desacelerar o veículo em movimento.
Antigamente, todos os automóveis contavam com o freio de mão e a famosa alavanca para travar o veículo por meio de cabos que acionam o breque nas rodas traseiras. “Por ter acionamento mecânico por alavanca, o freio manual é simples, confiável e de baixo custo”, afirma Jairo de Lima Souza, professor de Engenharia Mecânica da FEI.
Com o avanço da tecnologia automotiva, porém, esse tipo de freio passou a apresentar funcionalidades limitadas por não estar plenamente integrado aos sistemas de segurança do veículo. Assim, o freio eletrônico começou a ganhar espaço.
Tambor e disco
Os automóveis usam freios a tambor, comuns nas rodas traseiras, ou a disco, que atuam mais nas dianteiras.
No primeiro caso, o cabo do freio de emergência passa diretamente para as sapatas do freio, sem exigir componentes adicionais.
Já o segundo é ativado pela pressão do pedal de frenagem: um fluido é enviado por um sistema hidráulico para as pinças, montadas em cada lado do disco. Elas contêm pistões que pressionam as pastilhas, criando o atrito necessário para diminuir a rotação das rodas.
Freio eletrônico
“O freio eletrônico é composto por um conjunto de componentes eletroeletrônicos, que enviam os sinais de acionamento pela rede CAN [do inglês Controller Area Network] da arquitetura eletrônica do veículo”, explica o docente.
Esse sistema pode receber uma série de programações para a comunicação com outros controles de segurança, como o ABS (sistema de freios antitravamento). “A desvantagem é que, em caso de pane, ou mesmo a falta de energia de alimentação na parte elétrica do veículo, ele ficará inoperante.”
O freio eletrônico, que ocupa o lugar do freio de mão, para o carro a um simples toque no botão (que geralmente fica perto do câmbio) e dispensa a necessidade de puxar a alavanca depois de estacioná-lo ou enquanto está parado em uma subida.
Menos espaço
O sistema eletrônico utiliza um módulo próprio ou separado e, dependendo do fabricante, tem a função do módulo de controle de estabilidade. Uma vez acionado, emite um sinal para ativar os motores elétricos contidos nas pinças de freio traseiras.
O freio eletrônico ocupa menos espaço no console central, característica que viabiliza a instalação de porta-objetos e carregador de celular por indução, por exemplo.
Se o motorista esquecer-se de acionar o freio de estacionamento, o sistema entra em ação automaticamente, desde que a alavanca do câmbio automático seja colocada nas posições P (Park) ou N (Neutro), e o cinto de segurança do motorista esteja desafivelado.
Manutenção mais cara
O freio eletrônico tem vantagens, como travar as rodas traseiras durante alguns segundos até que o motorista comece a acelerar em subidas íngremes, por exemplo. Ele também mantém o veículo parado mesmo se o motorista tirar o pé do pedal de frenagem e o câmbio estiver na posição D (Drive).
Em contrapartida, o custo de manutenção é maior em comparação ao freio de mão. Isso ocorre porque os sistemas eletrônicos geralmente requerem equipamentos especializados e técnicos treinados para realização de eventuais reparos.
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