Cinco tendências do papel da logística nas cidades inteligentes

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Cinco tendências que reforçam o papel da logística no desenvolvimento de cidades inteligentes

Por: Daniela Saragiotto . Há 2 dias

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Frota e Logistica

Cinco tendências que reforçam o papel da logística no desenvolvimento de cidades inteligentes

Distribuição de mercadorias precisa ser otimizada para reduzir congestionamentos e melhorar a qualidade de vida das pessoas

3 minutos, 47 segundos de leitura

23/04/2025

Organização de galpões de logística otimizam as entregas_Foto Divulgação JWM
Organização de galpões logísticos otimizam as entregas e reduzem emissões. Foto: JWM/Divulgação

De acordo com Censo Demográfico 2022, do IBGE, 87,4% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que representa 177,5 milhões de pessoas. Essa realidade exerce forte pressão em diversas atividades, como no sistema de transporte, na infraestrutura e na logística.

Leia também: Documentário de 40 minutos retrata a história da logística no País

Na última década – e com forte impulso no período da pandemia de covid-19 – as compras digitais se tornaram uma realidade muito presente no cotidiano das pessoas.

Assim, essa tendência, junto à alta concentração populacional nos centros urbanos, motivou mudanças nas transportadoras e nos operadores logísticos. A seguir, confira cinco exemplos dessas transformações.

1. Geolocalização e roteirização inteligente da logística

A digitalização da cadeia logística trouxe ganhos substanciais para a mobilidade urbana. Tecnologias de geolocalização e roteirização inteligente permitem otimizar rotas, evitar áreas congestionadas e reduzir significativamente o tempo e o custo das entregas.

“Operamos com painéis de controle em tempo real, permitindo o monitoramento dinâmico de frotas. Isso traz previsibilidade às entregas e tomadas de decisão mais rápidas. Isso também se traduz em menos caminhões nas ruas, menor emissão de poluentes e maior eficiência no abastecimento de centros urbanos”, exemplifica Ygor Marinelli, diretor administrativo e financeiro da JWM Soluções Logísticas, empresa

2. Logística como infraestrutura crítica para cidades

O funcionamento das cidades depende cada vez mais da logística. Não apenas como elo entre a produção e o consumo, mas como componente essencial da infraestrutura urbana.

De acordo com o executivo da JWM Soluções Logísticas, o investimento em bases logísticas estrategicamente localizadas possibilita reorganizar fluxos de carga, descongestionar áreas urbanas e facilitar o acesso a bens essenciais com rapidez e responsabilidade ambiental.

“Isso favorece toda a cadeia, podendo impactar, inclusive, no valor final dos produtos e serviços, tanto para as empresas quanto para os clientes finais”, comenta Marinelli.

3. Integração de dados na cadeia de suprimentos

Com plataformas personalizadas desenvolvidas sob medida para clientes de setores diversos, as empresas, entretanto, têm visibilidade em tempo real de cada etapa da operação logística. Dessa forma, isso garante agilidade, segurança e transparência.

Esse modelo digital, contudo, transforma a logística em um sistema vivo, integrado ao cotidiano urbano e contribuindo para uma cidade mais conectada. Nessa nova organização, o transporte de cargas se alinha aos princípios da inteligência urbana.

4. Soluções por segmento e respostas rápidas à demanda

Em cidades cada vez mais complexas, soluções logísticas generalistas já não atendem à demanda real. Assim, a especialização por setor — como nos segmentos químico, energia, aeronáutico e industrial — permite desenvolver operações sob medida.

Isso quer dizer que tais operações respeitam a natureza das cargas, otimizam o uso do espaço urbano e respondem com agilidade às necessidades dos clientes.

Essa verticalização reduz impactos no trânsito, melhora a segurança das operações e contribui diretamente para a qualidade de vida nos centros urbanos.

“A logística inteligente é uma força invisível, porém fundamental, por trás do funcionamento das cidades modernas. Ao conectar tecnologia, eficiência operacional e responsabilidade socioambiental, ela impulsiona um novo modelo de urbanismo — mais fluido, sustentável e humano”, afirma Marinelli.

5. Troca de matriz energética

A logística urbana também é peça-chave nas estratégias de ESG de empresas. A transição para frotas movidas a GNV e veículos elétricos, somada à reestruturação dos hubs logísticos com foco em eficiência energética, já é realidade.

Para exemplificar, o diretor da JWM menciona um case envolvendo uma fabricante de tintas com sede em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com ele, antes, a operação usava inúmeros veículos pequenos para carregamentos diretos na planta, gerando tráfego intenso e maior emissão de CO₂.

A empresa, então, redesenhou o fluxo, transferiu os veículos antigos por carretas a GNV para seu centro logístico e assumiu a distribuição urbana a partir do novo ponto que, inclusive, agora está em processo de eletrificação da frota. “A solução reduziu o número de veículos em circulação, aumentou a eficiência e agregou valor sustentável à cadeia”, finaliza Marinelli.

Saiba mais: Revolução sobre rodas: conheça os impactos da inteligência artificial no gerenciamento de frotas

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