Embora a Honda tenha instalado airbag na Gold Wing desde 2006, outros fabricantes não adotaram o sistema até hoje. Infelizmente, os motociclistas não se beneficiaram tanto quanto os ocupantes dos automóveis dos avanços na segurança dos veículos.

Atualmente, muitas scooters e motocicletas já têm sistemas de segurança, como ABS e controle de tração. A adição de airbags será mais um passo na direção de ampliar a proteção para os condutores.

“O desenvolvimento desses produtos faz parte da nossa agenda e é um passo importante em direção ao nosso objetivo de salvar 100.000 vidas por ano até 2030”, ambiciona o CEO e Presidente da Autoliv, Mikael Bratt.

Airbag acessível

Depois de realizar testes físicos e virtuais sobre o comportamento das motos e scooters em colisões, a Autoliv criou o airbag chamado de bag-on-bike. Previsto para entrar em produção em 2025, o sistema consiste em uma bolsa inflável que pode ser facilmente adaptada para diferentes tipos de moto e um sensor eletrônico. Por enquanto, apenas a Piaggio manifestou publicamente a intenção de adotar airbag em suas motocicletas.

“Nosso objetivo é oferecer um sistema completo e econômico para facilitar a introdução desta tecnologia em uma ampla variedade de motocicletas. O bag-on-bike incluirá um airbag e um sensor eletrônico de colisão desenvolvido internamente para completar o sistema”, disse Jordi Lombarte, Diretor Técnico da empresa sueca.

Apesar de afirmar que o airbag pode salvar vidas em colisões frontais, a Autoliv admite que, em certas situações, a proteção oferecida pelo sistema é menor.

“Para atingir a meta global de reduzir para metade as mortes no trânsito, precisamos aumentar a segurança dos condutores de veículos motorizados de duas rodas. Ao trabalhar com dados da vida real, compreendemos os acidentes e tipos de lesões mais frequentes e como avaliá-los num ambiente de laboratório. Através de testes virtuais e físicos, demonstramos o benefício do airbag em colisões frontais. Porém, reconhecemos que há necessidade de soluções adicionais para cobrir mais situações de colisão e comportamentos dos condutores”, alertou Cecilia Sunnevång, vice-presidente de pesquisa da Autoliv.