Criado há uma década pela Honda, o câmbio de dupla embreagem, também conhecido pela sigla “DCT”, do inglês Dual Clutch Transmission, promete facilitar a vida dos motociclistas. A tecnologia vem dos automóveis esportivos e é a aposta da marca para atrair novos consumidores, que não querem ter a preocupação de trocar as marchas, além de oferecer uma experiência inédita para os motociclistas mais entendidos.
O câmbio DCT tem trocas automáticas, proporcionando mais conforto em longas viagens e praticidade no dia-a-dia. Em resumo, o câmbio permite trocas automáticas ou manuais, por meio de “botões” no guidão, mas não há manete de embreagem e nem pedal de câmbio.
Diferentemente dos câmbios dos scooters, o DCT tem o mesmo conjunto mecânico que um câmbio manual, exceto pelas duas embreagens. Controladas eletronicamente, elas são responsáveis pelas trocas automáticas em milissegundos
. Diversos sensores enviam informações à central eletrônica da moto que “opta” pelo melhor momento para subir ou reduzir uma marcha.
As trocas são rápidas e quase imperceptíveis. Segundo a Honda, mais precisas do que qualquer motociclista faria.
Isso porque uma embreagem efetua as trocas das marchas ímpares (1ª, 3ª e 5ª) e a outra, das marchas pares (2ª, 4ª e 6ª). Sempre “engatilhadas” para engatar a próxima marcha, as embreagens realizam trocas rápidas e totalmente automáticas, sem interferência do piloto no modo AT (Automatic Transmission).
Mas existe a opção MT (Manual Transmission, ou transmissão manual), que permite trocas de marchas por meio de botões (+ e -) no punho esquerdo, assim como em carros automáticos. E nas motos não há manete de embreagem e nem mesmo pedal de câmbio.
Atualmente, a Honda oferece dois modelos com câmbio DCT no Brasil: a Gold Wing GL 1800 Tour e a scooter X-ADV. Mas, como parte da estratégia de introduzir a tecnologia no País, a marca já anunciou que venderá a nova geração da bigtrail Africa Twin com motor de 1.100 cc com a opção de uma versão com DCT.
O modelo chega às lojas no próximo ano.