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Carros elétricos ganham espaço nas frotas de várias empresas

Por: Mário Sérgio Venditti . 01/06/2021

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Carros elétricos ganham espaço nas frotas de várias empresas

Companhias recorrem a modelos com propulsão elétrica para não emitir poluentes, reduzir custos e agilizar entregas

5 minutos, 57 segundos de leitura

01/06/2021

Por: Mário Sérgio Venditti

Citroën My Ami Cargo mede só 2,41 metros, tem volume de 400 litros e carga útil de 140 quilos. É ideal para as entregas do último quilômetro e atende às empresas que fazem entregas urbanas, como delivery de restaurantes. Foto: Divulgação

No cenário em que as empresas planejam se tornar neutras em carbono com seus produtos e operações globais e com as limitações impostas aos deslocamentos urbanos, é natural que elas adotem políticas mais sustentáveis. Uma das práticas que estão crescendo nas grandes companhias é a utilização de carros elétricos em suas frotas para o trabalho diário. 

Hoje, optar por um veículo elétrico revela que o discurso pela sustentabilidade que ele representa é legítimo. “A procura pelo Chevrolet Bolt EV é maior entre empresas”, revela Marcelo Tezoto, gerente sênior de vendas diretas da GM. “São companhias do segmento de energia, farmacêuticas e locadoras especializadas em terceirização de frota. O baixo custo por quilômetro rodado e de manutenção são fatores que atraem os clientes.”

A DHL Supply Chain, líder mundial em logística, armazenagem e distribuição, é umas das empresas que querem atingir a meta global de zerar a emissão de carbono até 2050. Por isso, ela está utilizando carros elétricos para a distribuição de produtos no Brasil. 

Segundo Fabio Miquelin, diretor sênior de transportes da DHL, entre as tantas vantagens do carro elétrico, há a redução da poluição sonora. “O uso desse tipo de veículo traz diversos benefícios à sociedade e à distribuição de cargas nos centros urbanos”, afirma. 

Parceria cria e-van

Um dos veículos de entregas da DHL no Brasil é o JAC iEV 1200T. Empresa já instalou pontos especiais de recarga em suas instalações para facilitar a operação. Foto: Divulgação

Para realizar entregas no Brasil, a DHL usa o BYD T3, com capacidade de carga de 750 quilos ou 3.330 litros e dois ocupantes. A empresa instalou pontos especiais de recarga em suas instalações em Louveira (SP). Na Alemanha, a DHL se uniu à Ford e apresentou sua primeira e-van – furgão elétrico de distribuição –, chamada de Work XL, que usa como base o chassi da Ford Transit.

Anualmente, cada unidade do Work XL deixa de despejar 5 toneladas de CO2 no meio ambiente e economiza 1.900 litros de diesel. Com 2.500 veículos em operação, a redução total é de 12.500 toneladas de CO2. Com autonomia entre 80 e 200 quilômetros, a e-van tem volume de carga de 20 metros cúbicos e espaço para acomodar 200 encomendas.

Uma das fabricantes que mais abastecem as frotas das empresas é a Renault. Desde 2013, ela comercializa veículos elétricos para empresas, com os modelos Zoe, Twizy e Kangoo ZE. São 200 unidades atendendo cerca de 20 clientes e parceiros, como Porto Seguro, Fedex e Itaipu. 

Os modelos da Renault também estão presentes em projetos de mobilidade sustentável, como o da Ilha de Fernando de Noronha (PE). A ação faz parte do Projeto Noronha Carbono Zero, para a circulação dos carros 100% elétricos em Fernando de Noronha. Isso porque o local já se prepara para colocar em vigor o veto da entrada de veículos que emitem dióxido de carbono, em agosto de 2022. 

Modelos da Renault estão no projeto de mobilidade sustentável Noronha Carbono Zero, da lha de Fernando de Noronha. A partir de agosto de 2022, carros com motor a combustão não poderão mais ter acesso à ilha. Foto: Divulgação

Projeto na ilha

“Nosso objetivo é zerar a emissão do carbono na ilha até 2030, conforme as premissas do Noronha + 20, regidas pela sustentabilidade em diversas áreas da gestão pública. Noronha Carbono Zero, por meio dos carros elétricos, é o início de opções sustentáveis para a mobilidade”, explica Guilherme Rocha, administrador da ilha.

Carros elétricos de entregas não pressupõem que devam ter medidas generosas. A Citroën lançou na Europa o subcompacto My Ami Cargo, com volume de 400 litros e carga útil de 140 quilos. Com 2,41 metros de comprimento, o modelo oferece um espaço modular que ocupa o lugar do banco do passageiro e sua tampa serve de mesinha, que suporta até 40 quilos, e pode ser uma espécie de escritório móvel para apoiar caderno de encomendas ou um tablet. 

“O My Ami Cargo é ideal para entregas no último quilômetro, especialmente de pequenas encomendas”, revela Laurence Hansen, diretora de produto e estratégia da Citroën. “Ele atende às necessidades das entregas urbanas, que se multiplicaram com o crescimento do e-commerce e do delivery de restaurantes.”

Se o My Ami Cargo é minúsculo, por outro lado há os grandalhões a serviço das empresas. Os veículos elétricos pesados não poderiam faltar nas frotas. Lançado em 2020, o caminhão JAC iEV1200T já faz parte do dia a dia de corporações como PepsiCo Foods. “Fomos uma das primeiras companhias do setor de alimentos e bebidas a testar veículos elétricos, comprovando que queremos uma alternativa de transporte sustentável”, diz Eduardo Sacchi, diretor da PesiCo Brasil.

“Empresas querem soluções para diminuir pegada de carbono”

Foto: Divulgação Stellantis

Breno Kamei, diretor de portfólio, pesquisa e inteligência competitiva da Stellantis para a América do Sul, fala sobre a tendência de as empresas incorporarem carros elétricos nas suas operações.

Qual é a importância de eletrificar as frotas das empresas?

As grandes empresas buscam soluções que minimizem a pegada de carbono em todos os processos. Isso passa por alternativas que afetam diretamente as operações de logística, responsáveis pela emissão de gás carbônico provocada pela frota de veículos. Além disso, os carros elétricos reduzem os custos. Embora o investimento na compra ainda seja elevado, as variantes de manutenção e abastecimento tornam o custo da frota elétrica mais atrativo com o tempo.

Isso caracteriza um novo momento para a mobilidade urbana?

Acredito que sim, em função de alguns fatores convergentes. A pandemia levou a uma aceleração da digitalização e do e-commerce, o que trouxe a adoção em massa de novos tipos de consumo. Muita gente que tinha certa resistência em comprar no universo digital foi impulsionada a usar esses serviços. Essa prática gerou aumento de demanda para entregas urbanas. Por outro lado, as empresas já estavam pressionadas a encontrar soluções para reduzir a pegada de carbono. Nesse contexto, surgem os veículos elétricos como alternativa atraente. Ainda não é uma opção em larga escala, mas passará a ser adotada gradualmente.

Qual é a utilidade dos carros elétricos no dia a dia das empresas?

A frota de veículos comerciais elétricos pode substituir os carros com motor a combustão, pois executa o mesmo serviço logístico com menor impacto para o meio ambiente e menor custo operacional. Em razão de todas as tecnologias e inovações, eles também são mais eficientes e ágeis na prestação de serviços. A adoção do carro elétrico tende a otimizar a operação, trazendo mais eficiência e redução de custos, fatores importantíssimos nas entregas urbanas atuais.

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