Cidades inteligentes avançam com novas soluções de mobilidade
Digitalização derruba fronteiras entre atuação das empresas e oferece à população opções de transporte
Olhares menos atentos podem não enxergar, mas conceitos das chamadas cidades inteligentes já fazem parte do cotidiano da população brasileira. Toda essa tecnologia que não se vê está pulverizada na complexidade dos centros urbanos e contribuirá especialmente para o desenvolvimento de sistemas de integração.
Entre os diversos eixos na construção de cidades inteligentes, a mobilidade tem papel preponderante para criar um ambiente que promova desenvolvimento humano de maneira sustentável. À primeira vista parece contraditório, em virtude do congestionado trânsito das cidades. Nos últimos anos, no entanto, surgiram múltiplas soluções endereçadas ao ir e vir de pessoas e mercadorias antes inimagináveis sem a contribuição da tecnologia.
O transporte sob demanda, o compartilhamento de veículos, os sistemas de navegação sem erros pelas vias das cidades, a hora exata da chegada no ponto de ônibus são apenas alguns exemplos que contribuem na criação de cidades inteligentes.
Tecnologia é o meio
“Vale dizer que, sozinha, a tecnologia não muda a sociedade”, observa Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, durante o seminário Renault E-Tech 100% electric days. “Ela é o meio para buscar inteligência a fim de tomar decisões em serviços mais baratos e transformadores. E, aí sim, promover mudança na vida dos cidadãos.”
Para Gustavo Pena, head de Negócios para Indústria de Mobilidade do Google Brasil, o papel da tecnologia na construção de cidades inteligentes é resolver os problemas das pessoas. “Há comportamentos diferentes em relação à mobilidade como o uso de diversos meios no mesmo dia. O desafio é conseguir prover os usuários das várias soluções”, analisa. “Cidades inteligentes evoluem conforme colocam cada vez mais seus cidadãos em primeiro lugar. Para suprir os diversos desejos e necessidades de maneira integrada, as fronteiras de atuação entre as empresas se dissolvem e, a partir daí, nascem novos modelos de negócios e parcerias.”
A tecnologia é o meio para buscar inteligência e criar serviços mais baratos e transformadores”
Cris Alessi,
presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação
Montadora deixa de ser apenas produtora de veículos
O processo de transformação já faz a indústria automotiva deixar de ser uma produtora de veículos para também atuar como fornecedora de serviços em transporte. O compartilhamento de carros se mostra como bom exemplo. São diversas fabricantes com negócios próprios que concedem acesso à mobilidade sem ideias de propriedade.
“Há bem pouco tempo, uma frota para uso de serviço profissional tinha alto nível de ociosidade. Ao colocar os veículos à disposição para deslocamentos pessoais de funcionários, o uso da frota foi otimizado. Assim, o que era somente custo virou fonte de receita”, conta Ricardo Mendes, diretor da Mobilize no Brasil, subsidiária do Grupo Renault na área de mobilidade.
Em período de transição do motor a combustão para a eletrificação, é da Mobilize também a responsabilidade de entregar o ecossistema nas cidades para o uso do carro elétrico. A empresa oferece serviço de assinatura, seguro e financiamento e também disponibiliza no aplicativo (com opção para reserva de vaga) todos os eletropostos de recarga.
Conexão 5G
Com o avanço do sinal 5G, mais possibilidades virão para beneficiar os cidadãos e consequentemente aperfeiçoar a mobilidade. O novo padrão de tecnologia pavimentará a viabilidade do veículo autônomo e também permitirá conexão entre veículos e com a infraestrutura urbana e viária.
Um próximo capítulo no qual a tecnologia embarcada proporcionará, por exemplo, maior fluidez e segurança no trânsito ao providenciar distância e velocidade de acordo com tráfego ou zona de circulação sem necessidade de intervenção do motorista.
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