Cresce aluguel de veículos elétricos para uso profissional
Além da economia, uso de motos, scooter e triciclos eletrificados ajuda empresas a atingirem metas de descarbonização em suas operações
As 8.374 motos elétricas emplacadas no Brasil em 2023, corresponderam a apenas 0,5% de todas as motocicletas vendidas no País. Neste ano, as vendas dos modelos movidos a bateria já registram queda de 20%. Apesar de não terem caído no gosto do motociclista brasileiro comum, o aluguel de veículos elétricos, como motos, scooters e triciclos, têm sido uma alternativa para que frotistas e entregadores economizem com combustível e manutenção. A adoção de um frota eletrificada também ajuda empresas a atingirem suas metas de descarbonização.
“A primeira motivação para nossos clientes substituírem motos a combustão por modelos elétricos é financeira. Além disso, hoje as empresas têm metas reais de ESG para reduzir a emissão de poluentes de suas operações”, afirma João Hannud, diretor executivo da Cicloway, uma das empresas pioneiras na locação de veículos elétricos para o segmento B2B.
Com 450 veículos elétricos locados, atualmente, para empresas de logística, prestadores de serviços e órgãos públicos, a Cicloway teve alta de 29,85% no faturamento em 2023. “Nossos triciclos que podem transportar mais carga do que seu próprio peso têm tido muita procura e o ticket médio de locação desse tipo de veículo é ainda maior do que das motos”, explica Hannud. De acordo com cálculos da Cicloway, sua frota eletrificada deixou de emitir 78.344 toneladas de gás carbônico no ano passado.
Também focada no aluguel para frotistas, eventos e empresas de segurança, a Riba pretende chegar a 1.000 motos elétricas ativas até o final deste ano, projeta o diretor de marketing, Gabriel Fernandes. “Tivemos um crescimento de cerca de três vezes nos últimos anos”, revela o executivo.
Eletrificação começa pelas motos
Já a startup Vammo, criada no início de 2023 pelos norte-americanos Jack Sarvary, ex-Rappi, e Billy Blaustein, ex-Tesla, aluga motos elétricas diretamente aos entregadores.
“A demanda está muito alta. Atualmente, toda nossa frota está locada”, revela o COO da Vammo, Billy Blaustein. Atuando apenas na cidade de São Paulo, a startup captou, em dezembro passado, US$ 30 milhões (cerca de R$ 158 milhões) em uma rodada de investimento Série A, liderada pelo fundo brasileiro de Venture Capital Monashees.
O segundo aporte na startup, menos de um ano após o início das operações, tem como objetivo financiar a expansão do serviço para outros países e uma fábrica em Manaus (AM) para montar as motos elétricas.
“Acredito que as motos e os entregadores são o caminho para facilitar a eletrificação no Brasil e na América Latina, afinal eles querem economizar e temos o objetivo de reduzir a emissão de carbono”, diz Blaustein.
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