Nesta matéria, o Mobilidade Estadão separou três usos que você provavelmente não conhece dos drones brasileiros. Isso porque a tecnologia e criatividade do Brasil no setor já estão dominando o mundo. 

Drones entregam cartas para o Royal Mail (Correio Britânico)

A Speedbird, empresa brasileira que produz e opera drones, já conquistou o mercado internacional. Há cerca de dois anos, os drones da Speedbird prestam serviço para o Royal Mail, o famoso serviço de correio britânico. Aliás, o mais impressionante disso é o que eles entregam. Além de objetos pequenos, a operação entrega cartas a moradores de ilhas no norte da Escócia, no arquipélago Órcades. 

Enquanto o serviço de drones não funcionava no local, os moradores pegavam um ferryboat ou esperavam semanas para acessar uma encomenda simples. Com os drones da SpeedBird, operados pela Skyports, as entregas chegam dias antes. Este foi o primeiro serviço de delivery por drones do Reino Unido, iniciado em 2023. Conforme a empresa, os drones brasileiros já realizaram mais de 500 entregas de cartas, roupas, documentos, entre outros itens, em solo escocês. 

Entregas em Singapura: do porto ao navio

Quem mora ou trabalha em uma cidade portuária já ouviu falar das filas de navios na entrada no porto. Esse “congestionamento” não apenas atrasa a entrega das “blusinhas” importadas ou um presente de Natal, mas quem está nesses navios também fica preso no meio do mar, há poucas centenas de metros do solo. Embora estejam perto, as burocracias portuárias distanciam os tripulantes, pois não permitem que eles simplesmente peguem um bote até a costa para comer um lanche, por exemplo. Ou sequer buscar um documento necessário para entrar com a carga no país. 

Mas em Singapura, onde fica o terceiro maior porto do mundo, drones brasileiros facilitam a vida dos importadores e tripulação. Autorizados pelo governo local, a Speedbird também realiza entregas na região portuária da metrópole do Sudeste Asiático por meio da Skyports. 

Seja no caso de um lanche, um documento importante ou até um medicamento de emergência, uma pessoa dentro do navio pode solicitar uma entrega e receber no convés da embarcação em alguns minutos. Diferentemente de outras operações nas quais os drones pousam no solo, em Singapura eles são equipados com um guincho. 

Quando o drone chega ao local determinado, o guincho desce até a altura suficiente para que um dos tripulantes retire a entrega. Após entregar o pacote, o guincho sobe e o drone retorna até a base sozinho, de forma automatiza. 

No país, os drones da Speedbird podem levar uma carga de até 10 kg e funcionam 24 horas. Conforme a empresa, é difícil quantificar quantos voos foram realizados desde o iniciou as operações em 2023. Isso porque são constantes e ultrapassam um por dia. 

Limpeza, pintura de dedetização com drones

Ainda recente no mercado, a startup paulista Urano Drone Wash espera alto retorno financeiro em 2025 com a expansão do serviço para outras cidades e países. Isso porque a empresa aposta em limpeza de prédios. Sim, os drones substituem os profissionais de limpeza de fachada, que muitas vezes ficam suspensos a dezenas de metros de distância do chão. 

De acordo com a empresa, para concluir a limpeza de um prédio de dez andares, o drone precisa de apenas um dia, enquanto trabalhadores tradicionais levariam oito dias. Conforme a Urano Drone Wash, os drones conseguem realizar o serviço em até 150 metros acima do solo e suportam uma carga de 25 kg. 

Para isso, existem duas opções de alimentação. A primeira utiliza uma bateria com autonomia de apenas 20 min. Já a segunda permite que o drone voe ininterruptamente conectado diretamente na tomada. 

“Os drones de última geração são equipados com bombas de alta pressão, sistemas de pulverização e produtos próprios para jatear fachadas, silos graneleiros, telhados e coberturas, além de grandes estruturas. A tecnologia garante uma limpeza profunda e segura, eliminando a necessidade de andaimes ou plataformas elevatórias”, informa a empresa. 

Para realizar os voos de drones, a empresa obtém autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Ministério da Defesa. 

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