Eficiente, limpo e prático: vantagens de ter carro elétrico
“Transição rápida para veículos zero emissão em todos os modais de transporte é fundamental para reduzir impactos do aquecimento global no planeta.”
3 minutos, 22 segundos de leitura
07/12/2022
Não há dúvida de que os carros elétricos são mais eficientes e sustentáveis. Agora, o interessante é que estão surgindo estudos capazes de dimensionar a real vantagem dessa tecnologia dentro do contexto do mercado brasileiro.
Esses cálculos consideram, entre outros fatores, nossa matriz elétrica. Hoje, 84% dela vem de fontes renováveis e esse percentual deve chegar a 90% nos próximos cinco anos.
Isso cria o contexto perfeito para a adoção em massa dos veículos elétricos, os únicos que são, realmente, zero emissão. Os elétricos não emitem CO2 ou gases poluentes, como NOx, hidrocarbonetos e aldeídos. Tanto que eles nem escapamento têm.
Comprovação
Um estudo realizado recentemente pela engenharia da General Motors aponta que os veículos elétricos são 10 vezes mais eficientes que um carro a gasolina e cerca de 2 vezes mais do que um híbrido flex, por exemplo.
A análise considera a emissão somando os gases que o veículo emite, mais o impacto que a produção do seu combustível provoca no meio ambiente. É a chamada equação “do poço à roda”.
Essa projeção leva em conta, ainda, a média de eficiência energética dos automóveis comercializados no mercado e participantes do programa de etiquetagem veicular do Inmetro.
Vantagens diversas
Todos os cálculos foram feitos de acordo com uma metodologia inovadora da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), que aplica a intensidade de carbono da matriz energética local.
Além do fator ambiental, os carros elétricos também podem ser uma grande oportunidade econômica para a América do Sul, que concentra grande percentual dos minérios necessários para a produção das baterias, como lítio, níquel, grafite e manganês.
A transição rápida para veículos zero emissão em todos os modais de transporte é fundamental para reduzir os impactos do aquecimento global no planeta. Sua adoção em massa já está sendo acelerada em mercados da América do Norte, Europa e Ásia.
Mudança sem volta
Temos aqui, no Brasil, a oportunidade única de seguir a convergência global, aproveitando os recursos naturais e a capacidade industrial e de engenharia para transformar o País em um centro de desenvolvimento, produção e exportação de veículos, baterias e tecnologias elétricas, gerando riquezas. Se ficarmos ao largo desse processo, corremos o sério risco de nos tornarmos uma ilha de tecnologias obsoletas.
Lógico que existem muitos desafios nessa jornada, mas, com o apoio de todos, a mudança será possível. A indústria precisa agilizar o desenvolvimento de tecnologias que reduzam seu custo, os setores de energia e mineração necessitam continuar investindo em infraestrutura e extração sustentável e os governos devem criar políticas públicas de fomento ao desenvolvimento tecnológico e à adoção de veículos zero emissão.
E o consumidor, qual o seu papel nessa jornada? Aí está o pulo do gato. Ele foi o primeiro a se convencer e tem demonstrado interesse crescente nos elétricos.
Melhor performance e dirigibilidade, menor custo de manutenção e de rodagem, praticidade de poder carregar o veículo em casa, silêncio a bordo e maior aproveitamento do espaço interno têm se mostrado argumentos suficientes. E quem já utiliza um elétrico no seu dia a dia diz que não pretende mais voltar para um a combustão.
Queda no preço
Até o final desta década, o preço de um carro elétrico será similar ou até inferior ao de um veículo a combustão.
O cliente é soberano e é com base nas suas demandas e na urgência em salvarmos o planeta dos efeitos do aquecimento global que empresas, como a General Motors, decidiram investir em um futuro 100% elétrico. Criar um mundo melhor para esta e as próximas gerações tem de ser um compromisso de todos.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão
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