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Honda CBR 1000RR-R SP traz tecnologia das pistas para as ruas

Por: Arthur Caldeira . 16/02/2022
Inovação

Honda CBR 1000RR-R SP traz tecnologia das pistas para as ruas

Nova geração da superesportiva usa soluções da MotoGP e muita inovação para domar seus mais de 216 cv de potência

3 minutos, 51 segundos de leitura

16/02/2022

Além do novo motor de quatro cilindros e 1.000 cc, a moto tem o mesmo diâmetro e curso da RC 213-V, da MotoGP. Modelo herdou as "asas" aerodinâmicas na carenagem e também conta com sensor de medição inercial de seis eixos. Foto: Divulgação Honda e Spenser Roberts | Lightning Motorcycles

A nova Honda CBR 1000RR-R desembarcou, no Brasil, no final de 2021, em sua versão SP, topo de linha, com preço sugerido de R$ 160.590. A superesportiva de 1.000 cc da marca japonesa foi totalmente renovada, em relação ao modelo anterior. Buscou inspiração na MotoGP, espécie de Fórmula 1 das motos, para ficar ainda mais leve, potente e rápida nas pistas.

Apesar de ter ganhado um “R” a mais no nome para reforçar seu caráter “racing”, ou seja, uma moto de corrida, mas que traz espelhos retrovisores, sistema de iluminação e suporte de placa para rodar nas ruas. Graças aos modernos controles eletrônicos e toda a tecnologia embarcada no modelo, não é preciso ser piloto profissional para guiar essa máquina, seja nas pistas, seja nas ruas.

Dotada de muita inovação, a nova CBR 1000RR-R SP conta com um moderno sensor de medição inercial de seis eixos, da Bosch, para fazer uma completa leitura da moto em movimento e ajustar os controles de assistência à pilotagem com mais precisão. Entre os itens de segurança, que ajudam meros mortais a domar a superesportiva japonesa, estão controle de tração, sistema anti-wheeling, que evita “empinadas”, freios ABS e até um controle de largada, que ajuda a arrancar na frente no grid.

Potência de sobra

O motor de quatro cilindros que equipa a nova CBR é o mais potente já produzido pela Honda. A marca usou o mesmo diâmetro e curso dos pistões da RC-213-V, modelo da MotoGP, para atingir a potência máxima de 216,2 cv a 14.500 rpm.

Além de mais potente, a superesportiva perdeu peso e marca 201 quilos na balança, já pronta para entrar na pista. O que resulta em uma incrível relação peso/potência de 1,075 cv/kg. Ou seja, cada “cavalo” de potência carrega menos de 1 quilograma.

Na pista, isso se traduz em acelerações impressionantes e velocidades acima de 250 km/h na reta do autódromo de Interlagos (SP), onde aceleramos a nova Honda CBR 1000RR-R SP.

Nessas situações, outra solução herdada das pistas de corrida, as winglets, pequenas aletas na lateral da carenagem, ajudam a manter a estabilidade da moto. Segundo a Honda, a downforce, quer dizer, a pressão aerodinâmica exercida pelas “asinhas” em alta velocidade, é a mesma das máquinas de MotoGP.

Painel tem tela colorida como nos smartphones. Foto: Divulgação Honda

Mais “afiada”

A nova CBR 1000RR-R Fireblade (que significa “lâmina de fogo”, em tradução livre do inglês) é mais “afiada” em todos os aspectos, e isso fica claro logo ao subir na moto. Em comparação à geração anterior, a altura do assento foi aumentada, as pedaleiras, recuadas, e o guidão ficou mais baixo. Tudo para proporcionar uma posição de pilotagem mais racing; porém, menos confortável.

Mas à sua frente o piloto tem um painel digno de motos de rua, formado por uma tela colorida em alta definição de 5 polegadas, parecida com as dos smartphones, de TFT (sigla de “thin film transistor”), que oferece acesso aos inúmeros recursos eletrônicos, fundamentais para manter toda a cavalaria sob controle.

Destaque para as suspensões Öhlins Smart EC, que são semiativas ou quase uma suspensão inteligente. Com três padrões definidos – rain, sport e track –, o garfo dianteiro e o monoamortecedor traseiro se ajustam às condições do piso e à forma de pilotagem do condutor.

O novo conjunto ciclístico da CBR 1000RR-R transmite confiança para deitar nas curvas, antes de girar o acelerador e deixar os controles eletrônicos trabalharem. Eles estão ali, mas atuam de forma suave e não prejudicam uma pilotagem mais esportiva.

Após algumas voltas no templo da velocidade em São Paulo, a nova geração da CBR 1000RR-R SP mostra que evoluiu bastante em comparação à anterior. O preço, agora que o modelo é importado, também se equipara ao das esportivas top de linha, como a Ducati Panigale V4S ou a BMW S 1000RR.

Afinal, a nova Fireblade é, sem dúvida, a CBR mais esportiva feita até agora. Exatamente o que muitos consumidores pediram durante anos. Mas é importante ressaltar que ela manteve a dirigibilidade que esperamos da Honda, mas, agora, com a vantagem de ir muito bem também nas pistas.

Ficha Técnica

Nova Fireblade ficou mais leve e potente.
Foto: Divulgação Honda

Honda CBR 1000RR-R SP
Motor: 4 cilindros, 999 cm³
Câmbio: 6 marchas com quickshift
Potência: 216,2 cv a 14.500 rpm
Torque: 11,5 mkgf a 12.500 rpm
Peso: 201 kg (ordem de marcha)
Preço: R$ 160.590

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