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Locação de carregadores ganha espaço no mercado

Por: Ju Cabrini . 22/02/2023

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Inovação

Locação de carregadores ganha espaço no mercado

Fabricantes e revendedores investem no nicho do aluguel. Solução beneficia, principalmente, pessoas jurídicas

3 minutos, 35 segundos de leitura

22/02/2023

Por: Ju Cabrini

Serviço ajudará a ampliar a oferta de pontos de recarga residenciais e frotas corporativas. Fotos: Divulgação ZLetric

A mobilidade elétrica vem ganhando musculatura nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram vendidos 49.245 veículos leves eletrificados. Na esteira do crescimento desse mercado, o segmento de vendas e aluguel de carregadores também está se movimentado. Apesar de alguns modelos eletrificados já virem com carregador portátil, em alguns casos, como em condomínios ou empresas com frota, o aluguel desses equipamentos começa a fazer sentido.

“Alguns players apostam na venda direta, seja para governos, seja para consumidores finais. Outros vislumbram modelos de negócio baseados no leasing. O que conta na decisão é o tipo de equipamento, considerando perfil de corrente e faixa de potência relacionada. Ou seja, se são carregadores de corrente contínua ou alternada”, afirma Edgar Barassa, sócio da Barassa & Cruz Consulting e professor da Extensão Universitária em Mobilidade Elétrica da Unicamp.

Carregadores semirrápidos, de 7 kW a 22 kW, em corrente alternada, não necessitam de investimentos muito altos. Já os de corrente contínua, e em faixas de potência maiores, o investimento é maior: parte de cerca de R$ 200 mil e pode chegar a R$ 500 mil, dependendo do equipamento. “Nesses casos, já começa a fazer sentido o leasing ou algum modelo de assinatura desses equipamentos”, conclui Barassa.

Diversificando a rentabilidade

De acordo com Thiago Castilha, cofundador e diretor de marketing da E-Wolf, a locação, principalmente para frota, é uma boa opção porque não imobiliza o capital da empresa. Falando em números, o empresário diz que os valores variam entre R$ 700 e R$ 7 mil, com prazos de locação entre 24 e 36 meses. A E-Wolf teve, em 2022, entre 10% e 15% do faturamento proveniente de locação – cerca de três vezes mais do que foi registrado em 2021. “Os planos de assinatura são uma excelente alternativa para quem quer rentabilizar seu ponto de recarga pagando pouco”, destaca Castilha.

É preciso saber qual é o modelo ideal de carregador para buscar melhor solução: compra ou locação. Foto: Divulgação E-Wolf

Pedro Schaan, CEO da Zletric, acredita que aluguel de carregadores deverá ser uma importante solução para ampliar a oferta de pontos de recarga residenciais e frotas corporativas. A empresa, que também vende e aluga carregadores de diversas capacidades, tem, nos condomínios, um dos principais clientes.

“Neles, o cliente pode optar por instalar o carregador na sua vaga privativa e ter o conforto de carregar todas as noites a um custo atrativo [os valores dos aluguéis variam entre R$ 99 e R$ 299] e a tarifa é de R$ 1,90 por kW/h”, diz Schaan. “Se o empreendimento desejar oferecer a recarga como serviço a todos os usuários, o custo de locação de vários equipamentos é compartilhado e o imóvel ganha valor”, acrescenta o CEO da Zletric.

Outros caminhos

Há, no entanto, outras opiniões. Para Alexandre Palis, consultor de negócios da Incharge, o aluguel de carregadores não é um bom negócio. O executivo conta que, desde 2018, a empresa vem testando o mercado para encontrar seu nicho. Segundo Palis, a Incharge visualizou várias possibilidades e, atualmente, produz e vende seus carregadores, além de oferecer soluções de multicarregadores.

“Em condomínios, o cliente que não tem carro elétrico não quer pagar pela infraestrutura. Nosso negócio é fazer as adequações necessárias e modernizar o condomínio – o que irá valorizá-lo. Nesse caso, os custos são rateados, mas cada morador compra seu carregador, caso queira”, explica Palis.

Recarga ultrarrápida com tecnologia nacional

Uma iniciativa conjunta da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), da WEG e da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) almeja ampliar o modelo Station (estações de recarga), com tecnologia 100% nacional. Ainda em fase de desenvolvimento e com estimativa do início das operações em agosto de 2024, o projeto prevê uma nova geração de estações de recarga, incorporando recursos ainda mais avançados em termos de software, inteligência, potência, facilidade para os usuários e operadores de estações públicas. O público-alvo são, principalmente, os frotistas.

Para saber mais sobre o assunto, acesse o canal Planeta Elétrico

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1 Comentário


  • Admilson Souza - 23/03/2023

    Olá, não podemos esquecer que os condomínios que optar em aderir o equipamento, tem que atentar na potência do transformador que alimentará os carregadores se já não está com a capacidade de carga excedida por outro lado tem a questão da infraestrutura do local, “imagina se um (01) condomínio de 100 apartamentos cada um (01) resolver colocar carregador como ficaria as garagens com a quantidade de eletro dutos.” Não é recomendado a instalação de carregadores para veículos elétricos sem antes contratar uma empresa experiente no assunto Brasil Service Bahia Instalação e Manutenção Ltda.

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