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Revolução na mobilidade bate à porta com o 5G

Por: . 19/10/2022
Inovação

Revolução na mobilidade bate à porta com o 5G

“Uma das grandes promessas da nova tecnologia é melhorar o fluxo das pessoas nas cidades”

3 minutos, 5 segundos de leitura

19/10/2022

5G vai permitir que mais aparelhos, e não apenas smartphones, estejam conectados à internet. Foto: Getty Images

Aos poucos, o Brasil vai colocando os pés no futuro da informação ao implementar, em mais cidades, a tecnologia do 5G. Depois de Brasília (DF) e São Paulo (SP), foi a vez de Belo Horizonte (MG) – onde está localizada a sede da VOLL –, João Pessoa (PB) e Porto Alegre (RS) receberem o sinal da nova internet móvel que irá revolucionar as cidades. Quem está achando que caiu na coluna de tecnologia pode ficar tranquilo, porque estamos falando mesmo é de mobilidade urbana.

O assunto da rede 5G tem sido bastante discutido no País e no mundo, mas vale a pena falar um pouquinho sobre a tecnologia para ficar com as ideias claras. As diferenças principais entre o 5G e a tecnologia atual, o 4G, são três. A primeira é a latência, ou o tempo que leva para um pacote de dados ser transmitido. No 5G, esse tempo pode ser até 100 vezes menor do que no 4G. Depois, vem a velocidade dos dados, que pode chegar a 10G, por segundo – contra apenas 100 Mb do 4G. Por último, tem a capacidade da rede, que pode suportar até 1 milhão de aparelhos conectados em uma área de 1 quilômetro quadrado. Ou seja, o 5G torna as conexões à internet bem mais eficientes em diferentes sentidos.

E é justamente essa eficiência que nos interessa quando falamos em mobilidade. Quem nos acompanha aqui na coluna já leu sobre as cidades inteligentes e também sobre o projeto de cidade em 15 minutos, que está sendo implementado em Paris. Ambos os conceitos têm um ponto-chave em comum para funcionar: a necessidade de uma multiplicidade de informações, em tempo real. É esse o ponto em que o 5G se cruza com a mobilidade, já que uma das grandes promessas da nova tecnologia é melhorar o fluxo das pessoas nas cidades.

Tecnologia mais políticas públicas

O 5G vai permitir que ainda mais aparelhos estejam conectados à internet. E esses aparelhos não precisam ser um telefone celular, mas computadores de bordo em ônibus, metrôs, carros, estações de transporte, sinais de trânsito inteligentes, para citar alguns exemplos. Todos esses pontos e muitos outros estarão coletando dados, que serão transmitidos, rapidamente, a centrais de informação. Com isso, será possível encontrar soluções mais eficazes para os deslocamentos.

Por exemplo, o cidadão vai conseguir saber quanto tempo seu ônibus vai demorar para passar, se virá cheio ou vazio, e vai descobrir ainda outras opções de rota e outros modais de transporte para chegar mais rapidamente aonde precisa ir. Agora, imagine todos esses serviços de transporte conectados a uma única plataforma de pagamentos, e você tem a imagem da mobilidade do futuro.

As perspectivas são animadoras, mas, até chegarmos lá, precisaremos de paciência. A implementação da nova rede ainda precisa de alguns anos para alcançar todo o País. Além disso, essa nova realidade da mobilidade é composta por dois atores sociais. De um lado, temos a tecnologia, que avança a galope. Do outro, temos as políticas públicas e mudanças estruturais nas cidades – e estas levarão um bocado mais de tempo.

Enquanto isso, há muito trabalho a ser feito em todos os lados, por todo o mundo. Os departamentos de inovação das empresas de tecnologia ligadas à mobilidade, como a VOLL, estão explorando as possibilidades, já ansiosos pela hora da implementação. Neste momento, o futuro é um ponto na margem oposta de um riacho. Cabe a nós colocar as pedras que nos permitirão atravessar e chegar até lá.

Saiba o que pensam outros embaixadores da Mobilidade Estadão.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão

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