Nanotecnologia ajuda na manutenção automotiva
Solução pode aumentar resistência e eficiência de vários componentes dos carros

A nanotecnologia vem exercendo função importante para a manutenção automotiva. Afinal, viabiliza a criação de peças mais leves e resistentes. Assim, otimiza o consumo de combustível e oferece proteção prolongada aos veículos.
Segundo Marco Barreto, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI), a prática traz uma série de vantagens aos motores, revestimentos e lubrificantes, por exemplo.
“Os revestimentos nanotecnológicos repelem água, sujeira e raios ultravioleta, o que preserva a pintura do automóvel e facilita a limpeza da carroceria. A incorporação de nanopartículas aos óleos lubrificantes proporciona benefícios, como redução do atrito e mais eficiência energética. Isso aumenta a vida útil das peças”, afirma.
Barreto explica que os motores tendem a sofrer grande desgaste, uma vez que trabalham em altas temperaturas e precisam suportar atritos constantes.
“Com os chamados nanomateriais, a indústria já consegue lidar com essas restrições operacionais, alterando as propriedades dos materiais leves empregados para o desenvolvimento do bloco do motor e dos cilindros, deixando-os mais resistentes ao calor.”
Os nanorrevestimentos têm grande potencial para aumentar a eficiência do motor. Isso porque camadas externas em desenvolvimento, que envolvem componentes do bloco, usam nanopartículas de cerâmica. “A cerâmica tem propriedades térmicas e de atrito, reduzindo a abrasividade e o desgaste”, diz.
Transição energética
Ele acredita que, futuramente, os motores não serão projetados só com nanometais mais leves e mais fortes, mas sim com nanomateriais resistentes ao calor, ao desgaste e ao atrito.
Os lubrificantes também estão se aprimorando com os nanofluidos, que aperfeiçoam a lubrificação de peças, impedindo o desgaste prematuro. “Eles controlam melhor formato, tamanho e concentração de partículas”, diz o professor.
No cenário de transição energética, as pesquisas também apontam para materiais capazes de elevar o armazenamento de hidrogênio, usado nas células de combustível. Afinal, a nanotecnologia oferece soluções de armazenamento em estado semissólido.
Não é só. De acordo com Barreto, a nanotecnologia aprimora os elementos inseridos nas baterias – como o silício –, elevando a eficiência do componente. Com isso, as baterias podem ficar mais baratas e menos nocivas ao meio ambiente durante sua produção.
A nanotecnologia está presente, igualmente, na confecção de materiais têxteis não tóxicos a ser colocados nos bancos e painéis, que se tornarão autolimpantes, antibacterianos e altamente duráveis.
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