O ar-condicionado do carro também precisa de manutenção
Alguns cuidados podem preservar o sistema de resfriamento do interior do veículo intacto por mais tempo
2 minutos, 40 segundos de leitura
22/12/2021
Uma das sensações mais agradáveis é entrar em um carro geladinho em um dia quente. Mas imagine então que, por conta de descuidos, o ar-condicionado quebre enquanto você dirige sob o sol a pino do verão. Melhor prevenir do que remediar, certo?
Diego Riquero Tournier, chefe de serviços automotivos para a América Latina da Bosch, afirma que a verificação do sistema do ar-condicionado faz parte do plano de manutenção do veículo. Alguns hábitos, contudo, ajudam a manter o equipamento em ordem.
“A principal é acionar o ar-condicionado pelo menos uma vez por semana, mesmo durante o inverno e em regiões nas quais o período de dias frios é mais extenso, como o Sul”, explica. “Basta deixar funcionando por cinco minutos, pelo menos, para evitar problemas como travamento de válvulas.”
O técnico lembra ainda que, como nos aparelhos domésticos, o ar-condicionado automotivo produz água, por conta da condensação: “Então, após usar o aparelho durante um longo período, é recomendável desligar o sistema quando estiver prestes a chegar a seu destino – cerca de cinco minutos antes – e deixar apenas o ventilador funcionando”.
Ao secar o excesso de umidade que pode se formar no interior do equipamento, o condutor evita o surgimento de fungos prejudiciais à saúde, responsáveis por odores ruins no carro. Essa recomendação vale para veículos mais antigos e aqueles que possuem equipamentos mais simples, como modelos de entrada.
Os automóveis mais requintados e modernos possuem recursos como ajuste automático da temperatura para uma, duas ou até quatro zonas (mantém temperaturas diferentes para cada passageiro), sensores que analisam a qualidade do ar externo e interno, e contam com sistemas que providenciam a secagem do equipamento automaticamente.
Atenção ao filtro do ar-condicionado
A checagem do sistema de ar-condicionado está prevista na revisão periódica das montadoras, incluindo a troca do elemento filtrante (também conhecido com filtro de cabine).
Entretanto, isso depende, basicamente, do ambiente por onde o veículo trafega com frequência. “Quem roda o tempo todo em locais muito empoeirados ou poluídos, como as grandes cidades brasileiras, precisa substituir o filtro de cabine antes do prazo indicado”, afirma Tournier.
“A redução no fluxo de ar nas saídas de ventilação, ao acionar o equipamento, é um sinal de problema no sistema do ar-condicionado”, alerta o especialista. “Se perceber isso, é melhor procurar uma oficina”. Na melhor das hipóteses, pode ser apenas o filtro entupido, e a troca já deve resolver o caso.
Tournier explica que o filtro do ar-condicionado é uma trama de fibras de papel com minúsculos furos, invisíveis a olho nu.
“Quando vemos o filtro escurecido, sujo, é porque ele já está comprometido; você pode até retirar o excesso de sujeira com batidinhas, mas as micropartículas continuarão entupindo o filtro, comprometendo sua eficácia”, diz.
Usar ar comprimido para a limpeza é ainda pior, pois isso danifica o material por completo. “Você pode se autoenganar, achando que o filtro ficou ‘novo’, mas, na realidade, é impossível aproveitar um filtro usado.”
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