Diferenças entre direção hidráulica e elétrica. Foto: Getty Images
As direções elétrica e hidráulica são itens de conforto e segurança. Afinal, aliviam a pressão quando o motorista esterça o volante. Assim, tornam o veículo bem mais “leve”.
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Ao executar uma manobra, o motorista coloca automaticamente vários mecanismos em funcionamento que, juntos, permitem o giro do volante com facilidade.
Mas os dois sistemas apresentam diferenças. A assistência hidráulica possui uma bomba hidráulica, que funciona com uma correia ligada ao motor. Já a direção elétrica, mais moderna, trabalha com um motor elétrico compacto, que atua para amenizar o esforço do condutor.
No entanto, ambas precisam de manutenção preventiva recomendada pelo fabricante, conforme é indicado no manual do proprietário.
“Em primeiro lugar, não se deve forçar o sistema mantendo o volante girado por longos períodos”, afirma André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
Ele explica que é importante também manter o automóvel sempre balanceado e alinhado. Dessa maneira, há redução no esforço sobre o sistema de direção.
“É preciso dirigir com cuidado em vias acidentadas e com buracos, a fim de preservar os componentes”, diz.
Segundo o docente, algumas medidas específicas variam com o tipo de direção: “Na hidráulica, é fundamental monitorar o nível do fluido regularmente e utilizar a marca mais adequada, além de fazer trocas periódicas seguindo as determinações do manual”.
Inspeções visuais são igualmente importantes para identificar possíveis vazamentos ou sinais de desgaste. Maus hábitos ao volante, como esterçar as rodas bruscamente com o carro parado ou forçar a direção até o máximo, podem prejudicar o bom funcionamento do sistema hidráulico.
“Não esterce o volante no limite por muito tempo, pois isso pode sobrecarregar e danificar a bomba hidráulica”, recomenda o professor.
Por ser mais sofisticada, a direção elétrica geralmente requer menos manutenção. Mas Mendes adverte: “Eventuais alterações no sistema elétrico do carro devem ser executadas com cautela, para garantir o bom funcionamento da bateria e do alternador. Afinal, a direção elétrica depende diretamente desses componentes”.
Assim como na direção hidráulica, inspeções visuais frequentes ajudam a detectar pontos de corrosão ou conexões soltas, que podem comprometer a longevidade e eficiência do sistema.
O professor da FEI destaca que a direção hidráulica trabalha com uma força constante, ao passo que a elétrica a modifica de acordo com a velocidade do veículo. Por exemplo: ela aplica mais força ao estacionar e menos força quando o carro está em alta velocidade.
Na compra de um automóvel usado, o interessado deve analisar as condições da direção hidráulica ou elétrica. Então, certifique-se de que o carro esteja livre de possíveis vazamentos de fluidos ou algum tipo de desgaste que interfira na parte hidráulica. “Um teste básico é girar o volante e perceber se existe algum ruído estranho”, diz.
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