Como diz o ditado “Mais vale prevenir do que remediar”. Dessa forma, o ideal é fazer uma manutenção preventiva. Ou seja, seguir as orientações do Manual do Proprietário quanto às revisões obrigatórias e os intervalos de troca de óleo e outros fluídos.

Além disso, a manutenção preventiva evita gastos desnecessários e economia no final das contas. “A manutenção preventiva é fundamental para quem utiliza a moto diariamente. Mesmo com o uso de lubrificantes de alto desempenho, é indispensável seguir as orientações da montadora e verificar regularmente alguns pontos chave na moto. Por isso, é importante que os motociclistas realizem revisões regulares em oficinas de confiança”, afirma Caio Freitas, engenheiro de aplicação da Motul, multinacional francesa especializada em fluidos.

Fique atento aos sinais da sua moto. Pode ser um barulho estranho, aumento no consumo, um desalinhamento, enfim… Qualquer problema, procure um mecânico de confiança para uma verificação.

2 – Troca de óleo

Utilize o lubrificante adequado, que atenda ou supere as especificações do fabricante da sua moto. Realize a troca de óleo conforme o manual do proprietário, dentro do prazo estipulado pela fábrica. Aproveite também para substituir o filtro de óleo periodicamente. Alguns mecânicos recomendam a substituição em toda troca do óleo, ou a cada duas.

Entretanto, além de fazer a troca do óleo, é preciso verificar o nível periodicamente. Com o tempo, alguns modelos de moto mais rodados costumam ‘queimar’ uma pequena quantidade de óleo. Por isso, é importante checar o nível, e completar com o mesmo tipo de lubrificante, caso seja necessário.

3 – Verificação dos pneus

Lembre-se sempre dos pneus. Calibrar os pneus é um hábito fundamental para manter a moto em boas condições. Confira se estão com a pressão correta, preferencialmente, enquanto ainda estiverem frios.

Os pneus precisam ser calibrados, no mínimo, a cada 15 dias. Aproveite também para monitorar o desgaste da banda de rodagem e substituir quando chegar ao T.W.I..

Pneus murchos aumentam o consumo de combustível. Já os pneus muito desgastados podem furar com mais frequência, além de comprometer sua segurança em frenagens, curvas e piso molhado.

4 – Freios

Fundamental para rodar com segurança, o sistema de freios também necessita de atenção especial. Para realizar a verificação, faça o seguinte teste prático: empurre a moto vagarosamente e acione os freios. Ambos (dianteiro e traseiro) devem responder de maneira firme e imediata.

Além disso, é preciso dar atenção ao fluido de freio. Certifique-se de que o nível está adequado e dentro do intervalo recomendado pelo fabricante. Um fluido velho, com mais de dois anos, pode comprometer a eficiência dos freios. Caso não se lembre de quando trocou o fluido de freio, procure um mecânico de confiança e faça a substituição.

5 – Lubrificação

A relação final (apelido do conjunto corrente, coroa e pinhão) também exige atenção. Considere a limpeza e a lubrificação regular da corrente, com produtos específicos.

A corrente deve estar sempre regulada, não podendo estar muito esticada ou folgada, para evitar o risco de travamento da roda ou o rompimento dos elos. Para saber a folga correta da corrente, consulte o manual do proprietário. A verificação e lubrificação devem ser feitas a cada 1.000 km, pelo menos, ou sempre que a moto rodar na chuva ou em estradas de terra.

6 – Sistema de iluminação

A parte elétrica é fundamental para a segurança. Então, antes de rodar, verifique se a lanterna, luz de freio, piscas e farol alto e baixo estão operando corretamente.

Para aumentar a vida útil da sua bateria, não instale equipamentos ou acessórios não recomendados pelo fabricante, pois podem causar danos ao sistema elétrico.

7 – Comandos

Para pilotar com mais segurança, é preciso ter o controle da moto. Dessa forma, os cabos, alvancas e pedais devem estar regulados e em bom estado.

Checar a folga mínima necessária nos comandos de freio e embreagem, ajustando conforme a preferência de uso e aplicando lubrificante, se necessário.

Caso o acionamento dos manetes estiver difícil é bom ficar atento, pois pode ser sinal de falta de lubrificação ou de folga incorreta. Com isso existe o risco do cabo se romper. A mesma atenção deve ser dada aos pedais de freio e do câmbio, que devem ser verificados e regulados periodicamente.

8 – Condução consciente

Evite acelerações e frenagens bruscas, para preservar componentes e melhorar a durabilidade, além de evitar a sobrecarga do veículo.

Rodar com a moto em rotação máxima, com o acelerador totalmente aberto, força o motor e diminui sua vida útil.

Forçar o motor por longos períodos ocasiona desgaste de peças internas. Por isso é preciso respeitar a limitação de giro, principalmente nas motos de baixa cilindrada.