O mercado de caminhões começou 2020 animado, com expectativa de fechar o ano com mais de 101 mil unidades vendidas – quantidade referente às vendas de 2019. E isso seria uma resposta de que o País estava se recuperando da crise econômica e política sofrida até 2018. No entanto, a partir de março, com a pandemia, somada ao lockdown, o setor imaginou queda superior a 30%
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Mesmo com a crise sanitária se estendendo, o agronegócio, assim como os segmentos da construção e mineração, impulsionaram as vendas de caminhões pesados e semipesados. Houve também uma discreta melhora nos segmentos mais leves por causa do e-commerce. Mesmo assim, a indústria deverá fechar o ano em queda, mas menor, em torno de 13% (dados referentes só a caminhões). Se colocar os ônibus na conta, será uma queda em torno de 33% sobre 2019 – já que esse segmento foi bastante afetado.
Apesar da crise, a indústria não cancelou lançamentos. E, neste ano, a JAC começou a vender (por importação) o caminhão elétrico. E a VWCO desenvolveu todas as suas operações para tornar o caminhão elétrico uma realidade de mercado a partir de 2021. Ela começou a produzir a chamada pré-série, a fim de testar a linha de produção, e estruturou o sistema de consórcio modular.
Outros lançamentos relevantes foram o VW Meteor (o maior caminhão e mais evoluído pesado da Volkswagen). Além disso, a MB apostou no Actros, com tecnologias de segurança ativa ofertadas de série e a introdução do retrovisor por câmeras (algo inédito na indústria automotiva no País, como um todo). Depois, os automóveis começaram a adotar e, mesmo assim, os de luxo.
O novo caminhão XF também é uma resposta da DAF de que a empresa se prepara para a norma Proconve P8 (equivalente a Euro 6) para 2023. A mecânica do novo modelo está mais perto de alcançar essas emissões previstas.
Dentro desse cenário, a redação do Estradão indicou três representantes, em sete categorias, com destaque para o caminhão Scania R410 a gás, grande vencedor do ano.
O Scania R410 a gás traz o tema dos combustíveis alternativos ao diesel nas operações rodoviárias de longas distâncias. O modelo também tem a vantagem de emitir 15% menos de CO2 na atmosfera.