Bear 650: conheça a nova moto Royal Enfield que virá ao Brasil
Com estilo scrambler dos anos 1960, modelo tem suspensão invertida, na dianteira, e rodas raiadas com pneus de uso misto
A Royal Enfield lançou a Bear 650, que usa o conhecido motor de dois cilindros e 650 cc, mas tem estilo scrambler. Com roda aro 19, na dianteira, e suspensão invertida, a Bear segue as linhas das scrambler dos anos de 1960, nome dado às motos adaptadas para acelerar na terra antigamente.
Apresentada no final de outubro, nos Estados Unidos, a Bear 650 deverá vir ao Brasil, de acordo com informações da subsidiária local. A previsão é que a nova scrambler desembarque por aqui no próximo ano fiscal da da Royal Enfield, ou seja, entre abril de 2025 e março de 2026.
Embora compartilhe a base com a Interceptor 650, a nova scrambler da Royal Enfield traz algumas diferenças em relação à naked, principalmente, na parte ciclística. A começar pelo tamanho das rodas: 19 polegadas, na frente, e 17, atrás.
As rodas usam pneus de uso misto para reforçar a inspiração nas motos usadas na Big Bear Run, corrida realizada nos desertos da Califórnia (EUA) . Mais especificamente na Royal Enfield Fury de 500 cc, com a qual o jovem Eddie Mulder venceu a prova e surpreendeu a todos em 1960.
Como é a nova Royal Enfield Bear 650
Para além da inspiração no design das scrambler, a Royal Enfield fez mudanças para ampliar a vocação off-road da nova Bear 650. Na dianteira, a marca adotou suspensões invertidas SFF-BP da Showa, que traz funções separadas em cada garfo e tem 130 mm de curso. Na traseira, os dois amortecedores também são da grife Showa e perderam os reservatórios de gás, existentes na Interceptor e Continental GT.
Nos freios, a fabricante indiana também fez uma importante melhoria. Na dianteira, manteve o disco de 320 mm com pinças ByBre de suas irmãs. Entretanto, na traseira, a Bear 650 ganhou um disco de maior diâmetro (270 mm). Agora também é possível desligar o ABS na roda traseira, para quando for pilotar na terra.
Outra mudança prática foi a adoção do painel totalmente digital, que a Royal Enfield chama de Tripper Dash. Já usado na Himalayan 450 e na Guerrilla 450, tem um mostrador redondo, permite exibir o Google Maps na tela coloridade TFT, além de exibir notificações do smartphone.
Motor mais ‘torcudo’
O motor de dois cilindros e arrefecimento a ar entrega os mesmos 47 cv a 7.250 rpm que suas irmãs de 650 cc. Contudo, o sistema de escape 2-em-1, que tem apenas uma ponteira ao invés de duas, como na Interceptor, melhora o torque, de acordo com a Royal Enfield. Com isso, a Bear 650 produz 5,7 m.kgf a 5.250 rpm, mas do que os 5,3 m.kgf de outros modelos de 650 cc da marca.
Esteticamente, a Bear 650 também se diferencia da Interceptor por contar com um number plate (placa de número) na lateral. Mais uma referência às corridas dos anos 60. Além do farol, os piscas e a lanterna usam LED na nova scrambler.
Cores e preço da nova Bear 650
A nova Royal Enfield Bear 650 começa a chegar a alguns mercados já em novembro. A scrambler terá cinco opções de cores inspiradas pelo espírito vibrante da Califórnia. Boardwalk White, Petrol Green, Wild Honey, Golden Shadow e uma edição especial chamada Two Four Nine (249), em referência ao
número de corrida do vencedor Eddie.
Nos Estados Unidos, a Bear 650 irá custar a partir de US$ 6.849 (cerca de R$ 39 mil), ou seja, mais cara que Interceptor, vendida por US$ 6.149, e Continental GT, US$ 6.349.
Embora a Royal Enfield ainda não tenha divulgado o preço da Bear 650 no Brasil, já podemos prever que o modelo irá custar mais que suas irmãs de 650 cc. Atualmente, Interceptor e Continental GT custam, respectivamente, R$ 30.900 e R$ 32.900, no mercado brasileiro.
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