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Indústria de bicicletas registra queda de 22% na comparação com 2022

Por: Erick Souza, especial para o Mobilidade . 07/12/2023

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Meios de Transporte

Indústria de bicicletas registra queda de 22% na comparação com 2022

Por outro lado, segmento de bicicletas elétricas cresceu 22% no ano

2 minutos, 37 segundos de leitura

07/12/2023

De acordo com o vice-presidente do segmento de bicicleta da Abraciclo, Fernando Rocha, esse resultado ainda é efeito da pandemia. Foto: Getty Images

De janeiro a outubro deste ano, foram produzidas 414.106 bicicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Este número representa uma queda de 22,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação com 2022, a produção geral caiu 117.224 unidades. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Em outubro, os dados mais recentes, mostram que a produção chegou a 54.720 unidades nas fabricantes de bicicletas instaladas no PIM. Ainda que represente uma recuperação em relação à setembro, o volume é o segundo menor índice de produção do ano. O primeiro fica com setembro, quando produziram 33.239 unidades.

De acordo com o vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, Fernando Rocha, a queda de produção nesses meses não é comum. “Foi bem atípico mesmo e é uma consequência ainda da pandemia”, afirma. Segundo Rocha, a alta produção dos anos de 2020 e 2021 permanece estocada.

“O ‘boom’ [de vendas e produção] da pandemia não deu uma continuidade, e essa não-continuidade gerou esse estoque”, explica. Em 2021, por exemplo, o PIM produziu 749.321 unidades de bicicletas. “[Essa redução de produção] é uma estratégia dos produtores para dar vasão aos modelos já produzidos para, então, recuperar os índices anteriores”, afirma Rocha.

Indústria de bicicletas elétricas

Apesar da queda geral de produção, alguns segmentos ainda demonstram crescimento, como as bicicletas elétricas e as de estrada. Entre janeiro e outubro de 2022 e o mesmo período para 2023, a construção de bicicletas elétricas subiu 22,1%. Ao todo, foram construídas 11.150 neste ano.

Leia também: Black Friday: bicicletas elétricas com desconto de até 40%

Para Fernando Rocha, esse crescimento é uma tendência para os próximos anos. “É um mercado que vai crescer. O mercado de bicicleta elétrica no Brasil, por ser novo, ele ainda é bem exponencial. As pessoas ainda estão aprendendo sobre ele”, afirma.

Segundo o vice-presidente, para isso acontecer de maneira estruturada, será preciso que haja uma melhora da estrutura cicloviária, dos corredores elétricos e da segurança, por exemplo. “Para que haja uma demanda continua para utilizar cada vez mais esse modelo”, inclui. Para ele, as bicicletas elétricas têm se tornado, principalmente, uma alternativa para mobilidade em pequenas distâncias.

Futuro da indústria de bicicletas

Além das bicicletas elétricas, os modelos tradicionais de bicicleta de estrada cresceu. O segmento registrou um aumento de 16,1% em relação ao mês anterior. Em números absolutos, a produção não ultrapassou 10 mil unidades.

Entre os outros modelos, as variações mais expressivas estão entre as mountain bikes e as bicicletas de lazer. Os modelos marcaram, respectivamente, quedas de 26,3% e 26,5%. Mas, de acordo com Rocha, ainda é cedo para determinar o mercado do final de ano.

“Nós estamos em um momento de alta. Aconteceu a Black Friday, ainda temos o Natal pra poder cravar o que foi o ano de 2023, mas a tendência é ter uma recuperação lenta dessa mercado”, explica Rocha. Os dados consolidados para o ano serão apresentados apenas em 12 de janeiro.

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