“O Brasil conta hoje com mais de 3,5 milhões de motoristas de caminhão que são responsáveis por, literalmente, movimentar um setor que representa, na economia nacional, mais de US$ 100 bilhões por ano. Os números não me deixam mentir sobre o quanto esse setor faz parte do PIB brasileiro. Hoje, o modal rodoviário é responsável por mais de 65% de toda a carga transportada no País.
Diante desse tamanho, é inegável que a logística é um setor que guarda seus desafios. Garantir estoques abastecidos com perfeita circulação de mercadorias, carregamentos e entregas exige planejamento, organização e um rígido controle virtual. Parte importante dessa tarefa se dá pela comunicação efetiva entre indústria, comércio, transportadoras e os caminhoneiros nas estradas.
Já temos, agora, produtos e serviços que estão presentes digitalmente nas rodovias, mas ainda de maneira tímida e incipiente. O verdadeiro tsunami digital vai invadir as estradas brasileiras em breve, assim como o delivery se apossou dos centros urbanos com a chegada da entrega last-mile de comida e de compras em supermercados.
O próximo passo é, de fato, o abastecimento do setor rodoviário por sites que os atendam. Contudo, algumas empresas ainda cometem o erro de acreditar que os caminhoneiros não têm acesso à tecnologia e que não são conectados – inclusive, esse foi o segmento que escolhi para empreender após 35 anos de carreira na transportadora da família. Hoje, temos diversas tecnologias que fazem parte do dia a dia desses executivos nas autopistas, como os aplicativos que os conectam a sua próxima carga e os meios de pagamento digitais de fretes.
Trazendo a discussão especificamente para o contato entre a indústria fornecedora de peças e serviços e os caminhoneiros – já superconectados –, fica claro que esses profissionais não têm todas as suas necessidades percebidas e atendidas durante suas longas viagens. Os heroicos consumidores das estradas, heavy users de pedágios, diesel, peças, borracharias e todo o ecossistema que move o setor de transporte, ainda não foram alvos digitais dos fornecedores que abastecem as estradas brasileiras.
Os consumidores viajantes que têm seus interesses específicos, gostos peculiares e fazem parte de um dos mais lucrativos mercados consumidores aqui, no Brasil, seguem despercebidos e a indústria persiste com estratégias falhas para chegar até eles.
O que leva a isso? O grande preconceito de que os caminhoneiros são alienados no mundo. O que muitos não perceberam ainda é que eles também se transformaram e evoluíram digitalmente e quem ficou para trás foram seus fornecedores, produtos e serviços. São esses provedores que precisam melhorar sua estratégia de comunicação, se adaptando e implementando soluções digitais atualizadas para um relacionamento interativo e customizado com esse admirável grupo de consumidores.
Essa foi uma das soluções implantadas pelo TruckPad Pay, carteira digital voltada para o público caminhoneiro que facilita, digitalmente, o pagamento e o acesso a uma série de serviços e produtos nas estradas. Além disso, a forma como as empresas de transportes fazem o pagamento do frete a seus motoristas também é bastante conveniente.
O sucesso dessa carteira digital recém-lançada é a prova de que os caminhoneiros demandam serviços pensados neles e que aderem, sem hesitar, às inovações para o seu dia a dia. E é nessa onda digital, que varre o analógico das estradas, que a indústria poderia surfar para se conectar de maneira customizada com seu público. Os caminhoneiros já se atualizaram tecnologicamente e estão consumindo intensamente seus pacotes de dados nas autopistas. Agora é a hora de seus provedores de produtos e serviços também acelerarem nessa estrada virtual.”