Videotelemetria pode reduzir custos com infrações em até 40%

A solução de videotelemetria é composta por câmeras com inteligência artificial instaladas na cabine dos veículos. Foto: Getty Images

13/12/2022 - Tempo de leitura: 2 minutos, 17 segundos

A videotelemetria pode reduzir os custos com infrações em até 40%. É o que afirma Omar Jarouche, CMO da Cobli, empresa que atua na gestão de frota.

Segundo o executivo, uma empresa do ramo de peças que adotou a câmera veicular apresentou esse percentual de redução no número de infrações. Além disso, quase zerou o número de multas por uso de celular enquanto o motorista dirige.

“Esse tipo de penalidade onera as empresas e registra pontos negativos na CNH, que podem levar à suspensão das atividades do condutor e afastá-lo das suas atividades”, afirma o CMO, em nota.

Como funciona a videotelemetria

A solução de videotelemetria é composta por câmeras com inteligência artificial instaladas na cabine dos veículos. Assim, os aparelhos mostram a visão da via e da cabine. O objetivo é evitar acidentes e reduzir o impacto deles nos custos da frota.

Segundo a Cobli, as câmeras veiculares possuem inteligência artificial embarcada. Desta forma, o gestor recebe um aviso quando precisa ter atenção ao condutor. Além disso, a tecnologia transforma dados brutos em informações estratégicas para auxiliar na tomada de decisão.

Contudo, o alerta não é apenas para o gestor. Afinal, um aviso sonoro dispara na cabine em tempo real para o motorista. A tecnologia também grava os comportamentos e envia a uma plataforma. Portanto, a ferrament funciona como uma forma de prevenir acidentes e evitar multas.

“A direção imprudente é um risco para toda a sociedade. Para ajudar o Brasil a ser cada vez mais seguro no trânsito, estamos lançando essa tecnologia que já está presente em 50% dos veículos comerciais nos Estados Unidos. Podemos reduzir mais de 500 mil acidentes por ano no Brasil com o uso da Cobli Cam”, afirma Rodrigo Mourad, CEO e cofundador da Cobli.

Acidentes e imprudência

De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), seis entre dez principais causas de mortes em estradas federais neste ano estão ligadas à imprudência.

Por sua vez, o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (RENAEST) mostra que foram 632 mil acidentes e 11 mil mortes no trânsito em 2021.

Além disso, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação também traz dados alarmantes. Em 2020, 54% dos acidentes resultaram de imprudência dos motoristas e 23% indicaram falta de atenção do condutor.

Entre os atos de imprudência está a direção distraída, que seria usar o celular ao dirigir, por exemplo. Dirigir próximo ao veículo da frente, curvas perigosas, aceleração ou frenagem brusca e não usar o cinto de segurança também são atitudes perigosas.