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Parceiros da mobilidade

Por: 99, Media Lab Estadão . 25/07/2020

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Parceiros da mobilidade

Neste ano, o Dia do Motorista marca a chegada de novos tempos: a profissão ganha protagonismo no transporte seguro das pessoas pelas cidades brasileiras

5 minutos, 12 segundos de leitura

25/07/2020

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Motorista Antonio Martins Souza Foto: Wanezza Soares

Quem trabalha sobre rodas é essencial para a logística das cidades e, consequentemente, para o desenvolvimento do País — tanto nas estradas quanto nos grandes centros urbanos. De acordo com estudo do LinkedIn no início do ano, a profissão de motorista é considerada uma das mais promissoras, sendo que a demanda anual por essa função aumentou, em média, 68% nos últimos cinco anos.

Desde o início da pandemia, em março, motoristas de diferentes modais se tornaram protagonistas no contexto da mobilidade urbana. Dentro desse importante ecossistema, eles estão na linha de frente para garantir não só a renda de suas famílias, como o vaivém de muitos profissionais que simplesmente não podem parar, como os serviços essenciais da área da saúde, comércio de alimentos e serviços, entre outros.

Dentro desse cenário, os motoristas de aplicativo se transformaram em alternativa de mobilidade segura para garantir a conexão de muitos outros serviços e o deslocamento de milhares de pessoas em dezenas de cidades de todo o Brasil na retomada das atividades. No caso da 99, tudo isso foi feito de forma a priorizar a saúde dos passageiros e motoristas parceiros, como, aliás, exigem os tempos atuais.

A empresa disponibilizou um fundo de R$ 20 milhões para parceiros infectados com a doença e lançou novos serviços como o 99Entrega, que atende a uma demanda crescente de envio de itens pessoais de forma segura e econômica.

Às vésperas do Dia do Motorista, celebrado em 25 de julho, os três motoristas de aplicativo abaixo contam suas histórias. São relatos sobre os desafios de estar na rua durante a maior pandemia da história recente. Confira.

Em dia com a saúde

“Como moro perto do Hospital Municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista, todos os dias minha primeira parada é sempre lá, bem no horário da troca de turno dos médicos, enfermeiros e outros profissionais da área, que sempre têm um ótimo papo e estão na frente de batalha por todos nós.

Não me sinto inseguro, pois a maioria toma banho ao deixar o hospital; eles estão sempre de máscaras e higienizados com álcool em gel. Faço a desinfecção do veículo, tomo todas as precauções e, além disso, sempre tenho máscaras descartáveis no carro, para não perder nenhuma corrida caso algum passageiro se aproxime do carro sem ela.

Assim como todos, senti os efeitos da pandemia — antes, chegava a 30 corridas por dia; durante o isolamento, não passavam de quatro ou cinco. Mas agora, felizmente, as coisas estão voltando ao normal.”

Antonio Martins Souza, 54 anos, de São Paulo (SP). É o motorista que mais fez corridas com os vouchers doados a governos e municípios para o transporte de profissionais de saúde

Motorista Antonio Martins Souza. Foto: Wanezza Soares

Recomeço e nova profissão

“Em 2017, me separei após um casamento de 25 anos. Diante de muitas dificuldades financeiras, aluguei um carro para trabalhar como motorista há um ano e quatro meses. A nova profissão não me trouxe apenas sustento da família e recuperação financeira, mas também foi a terapia necessária para recuperar meu psicológico.

Gosto muito de conversar, fiz muitos amigos e incentivei outras pessoas a dirigir também, especialmente as mulheres para terem mais confiança em si mesmas. Fui reconhecida como motorista destaque do Paraná, sendo Top99 com apenas sete meses nas ruas, e, em 11 meses, atingi 5 mil corridas. Também rodei pela capital durante uma semana com veículo elétrico disponibilizado pela empresa. Com o distanciamento social, minhas corridas caíram bastante, mas agora estão se normalizando.

Além da preocupação financeira, fiquei com medo da exposição para trabalhar, pois tenho um filho de 7 anos, minha mãe, minhas filhas de 23 e 26 anos e, agora, minha neta recém-nascida. Mas sigo todas as normas, faço a desinfecção do carro e me sinto mais segura.

Adoro minha profissão e toda a flexibilidade de horários que ela me permite, sem contar o reconhecimento, a avaliação dos passageiros e as histórias que presencio, como quando testemunhei um rapaz que pediu a namorada em casamento no meu carro. E ela aceitou.”

Mary Stela Lutz de Lima, 47 anos, moradora de Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba (PR)

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Motorista Mary Stela Lutz de Lima. Foto: Arquivo pessoal

Desinfecção a cada três dias

“Considero esta atividade como a minha empresa, planejando, colocando e cumprindo horários e metas: começo às 7h, com pausa para almoço, para finalizar o expediente por volta das 19h30, hora em que busco a minha esposa no trabalho para ficarmos com nosso filho de 9 meses. No final de março e começo de abril, as corridas caíram bastante. Quando a 99 passou a oferecer a desinfecção de graça, não perdi tempo, e faço a higienização a cada três dias.

O selinho tranquiliza muito os passageiros, e noto que ficam felizes em entrar em um carro que passou por esse processo, que os motoristas estão preocupados também com essa questão, usando máscaras e disponibilizando o álcool em gel no veículo assim que entram. É minha obrigação, como profissional, zelar pela vida de cada um deles.”

Dione Carlos de Castro Rodrigues, 41 anos, de Manaus (AM), motorista há 16 anos. É o profissional que mais fez corridas desinfectadas em junho na cidade

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Motorista Dione Carlo de Castro Rodrigues. Foto: Arquivo pessoal

Mais segurança para passageiros e motoristas

  • Parcerias com governos para o deslocamento de profissionais de saúde, entrega de medicamentos, vacinação de idosos, entre outras ações. Nessas corridas, 100% do valor é revertido ao motorista parceiro.
  • Bases de proteção em 17 cidades do Brasil para a distribuição de máscaras, álcool em gel, instalação de escudos protetores e desinfecção de carros.
  • Já são mais de 200 mil veículos desinfectados com produto certificado pela Anvisa que reduz o risco de contágio pelo coronavírus por até 72 horas.

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