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Completas, motos da Zontes têm bom desempenho

Por: Arthur Caldeira . 29/03/2023
Meios de Transporte

Completas, motos da Zontes têm bom desempenho

Aceleramos os modelos de 310 cc, que custam a partir de R$ 26.990; veja como eles se comportam

5 minutos, 39 segundos de leitura

29/03/2023

Por: Arthur Caldeira

Motos da Zontes que chegaram ao País têm monocilíndrico que produz 35 cv de potência. Foto: Divulgação Zontes

Até então desconhecida dos brasileiros, a marca chinesa de motos Zontes desembarcou em março no Brasil, agitando o segmento de motos médias. Pertencente à Tayo Motorcycle Technology, com sede em Guangdong, a Zontes chega ao País representada pela JTZ Motors, que já monta e comercializa as marcas Suzuki, Haojue e Kymco no mercado nacional.

A Zontes vem com três motos de 310 cc com preços competitivos. Variam de R$ 26.990, para a naked R310, a R$ 27.990, para a cruiser V310 e a aventureira T310. Com design atraente, as três motos da Zontes também despertaram a curiosidade por contar com equipamentos de série, geralmente, não encontrados em motos dessa cilindrada.

Os três modelos têm iluminação toda em LED, sistema de partida Keyless (chaveiro de presença), além de abertura elétrica do tanque de combustível e do banco e trava de guidão automática. Destaque ainda para o painel digital com tela colorida de TFT, que oferece quatro modos de exibição das informações.

Estratégia comumente utilizada pelas novas fabricantes chinesas, que apostam em motos bem equipadas e visualmente chamativas, para brigar com as tradicionais e as mais conhecidas marcas japonesas, como Honda e Yamaha.

Trio usa o mesmo motor de 310 cc

Em comum, o trio usa o mesmo motor de um cilindro, com 312 cm³ de capacidade (de onde vem o 310 cc do nome das motos), arrefecimento líquido, quatro válvulas e duplo comando no cabeçote (DOHC). Alimentado por injeção eletrônica, o monocilíndrico produz 35,3 cv de potência máxima a 8.600 rpm e 3,06 mkgf de torque a 7.500 giros. Todas têm embreagem deslizante e assistida e câmbio de seis marchas.

O desempenho é superior ao da recém-lançada Honda CB 300F Twister, que tem motor de 298 cm³ arrefecido a ar com 24 cv de potência. Na ficha técnica, contudo, equivale a motos com motores da mesma capacidade e refrigeração líquida, como as BMW G 310R e G 310 GS.

As motos da Zontes também compartilham o chassi Diamond e as rodas de liga leve com 17 polegadas, na frente e atrás. Nos freios, o trio de 310 cc usa disco de 300 mm de diâmetro, com pinça de dois pistões, na dianteira; e disco de 230 mm com pinça de um pistão, na traseira.

Como andam as motos da Zontes de 310

Bem equipadas e com tais especificações, as motos Zontes de 310 cc chamaram a atenção dos motociclistas brasileiros. Visualmente, os modelos da marca chinesa também impressionam. O acabamento não tem nada a ver com as chinesas de baixa cilindrada. Manetes, guidão, mesa de direção e outras peças parecem ser feitos em ligas de metal bem acabadas, as carenagens têm encaixe justo e a pintura e os grafismos também agradam.

Mas a grande pergunta que muitos se fazem é: afinal, como andam os modelos da marca chinesa? Durante o evento de lançamento da Zontes no Brasil, pudemos fazer um curto test ride nos três modelos. Confira nossas primeiras impressões.

Naked R 310

Foto: Divulgação Zontes

Embora seja o modelo mais barato da Zontes, a naked R310 não fica devendo em nada para suas “irmãs”. Traz os mesmos equipamentos. Ao subir na R 310, impressiona o baixo peso do conjunto – diferentemente das antigas chinesas, que costumavam ser pesadas, a naked da Zontes não aparenta pesar os 171 quilos em ordem de marcha.

A posição de pilotagem é um pouco esportiva, com o tronco inclinado para frente, típica das motos naked atualmente. O guidão é largo, e o banco, confortável.

O motor acorda facilmente e vibra pouco. Tem pouca força em baixos giros, mas, como os números de desempenho deixam claros, o monocilíndrico gosta de giros mais altos. Acima de 5 mil giros, tem boa aceleração e chega facilmente aos 100 km/h. Infelizmente, não foi possível atingir velocidades mais altas nesse primeiro contato.

A crítica, porém, fica para o câmbio. Apesar de a embreagem assistida ter acionamento macio, o câmbio de seis velocidade possui engates poucos precisos. Na unidade avaliada, ao mudar da primeira para a segunda marcha, entrou o “neutro” em diversas ocasiões. Isso pode acontecer em motos muito novas, quase 0-km, mas incomodou um pouco.

Na parte ciclística, as suspensões demonstraram bom acerto e transmitiram confiança nas curvas. Já os freios se mostraram um pouco “lentos”, ou seja, demoravam a atuar para parar a moto.

Cruiser V310

Foto: Divulgação Zontes

Embora não seja fã do estilo cruiser, a V310 me pareceu o modelo mais bem acertado da Zontes. Com preço sugerido de R$ 27.990, oferece, além do visual atraente, posição de pilotagem confortável, com pedaleiras avançadas, que podem ser ajustadas, e assento macio.

Apesar do estilo mais despojado, a V310 também contornou as curvas com facilidade e segurança. Entretanto, apresentou o mesmo problema no câmbio, difícil de engatar as marchas, e também nos freios “borrachudos”, isto é, não freiam imediatamente.

O modelo ainda se diferencia por usar dois amortecedores, na suspensão traseira, enquanto suas irmãs contam com apenas um amortecedor central. O pneu traseiro da V310 também é mais largo, na medida de 180/55-17. Na dianteira, usa o mesmo 110/70-17 dos outros modelos.

Crossover T310

Foto: Divulgação Zontes

Com porte maior, devido ao seu estilo trail, a T310 também custa R$ 27.990 (sem frete). Um dos modelos da Zontes que mais chamaram a atenção, pois conta com ajuste elétrico no para-brisa, protetores de mão e de motor de série.

Apesar de ser vendida no exterior com rodas raiadas e aro 19 na dianteira, a JTZ Motors optou por trazer uma versão mais crossover da T 310, ou seja, que mescla a ciclística esportiva com a posição de pilotagem trail. O modelo desembarcou aqui com rodas de liga leve de 17 polegadas, calçadas com pneus de uso misto.

Embora chame a atenção na ficha técnica, a T 310 foi a que menos agradou na prática. Seu assento é mais firme, e a posição de pilotagem, estranha. As pedaleiras recuadas com o guidão largo parecem não combinar muito.

Outra crítica fica para o acerto das suspensões. A meu ver, são muito esportivos para o estilo crossover. Em movimento, a T 310 se comportou bem nas retas, mas não foi muito bem nas curvas. A moto exigia mais do piloto e não parecia curvar com naturalidade. Problemas causados pelas suspensões muito firmes ou pela estranha posição de pilotagem.

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