Explore a cidade com uma scooter

A Honda PCX 150 foi criada para driblar o trânsito das grandes cidades
Artur Caldeira
24/01/2020 - Tempo de leitura: 8 minutos, 45 segundos

Neste 25 de janeiro São Paulo celebra 466 anos de vida. Uma das maiores metrópoles do Hemisfério Sul, São Paulo ocupa mais de 1.500 km² e tem uma população de mais de 12 milhões de habitantes. Com uma frota de mais de 8,5 milhões de veículos, o trânsito é, sem dúvida, um dos principais problemas da pauliceia. Centro financeiro do País e sinônimo de trabalho, locomover-se por uma cidade deste tamanho e nesse ritmo desenfreado é um desafio que exige paciência.

Mesmo o investimento em ciclovias, os corredores de ônibus e o aumento da malha metroviária, nos últimos anos, não parece ter sido suficiente para reduzir os congestionamentos. Segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo, o paulistano ainda perde cerca de 3 horas no trânsito todos os dias.

Solução para driblar o trânsito

Por outro lado, a metrópole cosmopolita oferece diversas atrações a seus moradores e aos visitantes, como museus, parques, prédios históricos, espaços culturais, casas de espetáculos, cinemas, teatros e restaurantes, entre outros espaços ao ar livre. Uma cidade que vive 24 horas por dia e sempre tem algum programa interessante para fazer.

Tanto que, segundo dados do Google, São Paulo aparece como a segunda cidade mais desejada por turistas do mundo inteiro para se viajar em 2020. Mas como driblar o trânsito e conhecer algumas das principais atrações dessa imensa cidade e com tanto carro na rua? De moto. Um meio de transporte rápido, econômico e prático, até na hora de estacionar.

Para homenagear São Paulo neste aniversário, sugerimos um roteiro que passa por alguns dos principais pontos da cidade a bordo de uma scooter de 150 cilindradas, que une agilidade no trânsito, facilidade de pilotagem e economia de combustível.  

Ibirapuera: “praia de paulista”

O Parque do Ibirapuera, aberto em 25 de janeiro de 1954, é uma das principais áreas verdes de São Paulo. Foto: Marco Ankoski

Embora não seja o maior parque da cidade, o Ibirapuera é o mais visitado – e não só de São Paulo, mas de toda a América do Sul: em 2017, recebeu mais de 17 milhões de visitantes.  

Eleito pelo jornal britânico The Guardian, como um dos melhores parques urbanos do mundo, o “Ibira” é a “praia do paulista” e convida à prática de esportes. Há aparelhos de ginástica, ciclovias, quadras e playground. Pode-se alugar bikes por R$ 7,00 a hora.

O parque também pode ser um convite para uma caminhada cultural, afinal abriga cinco museus, como o Pavilhão da Bienal, o Museu de Arte Moderna (MAM), o Museu Afro-Brasileiro, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e ainda o Planetário. Se for visitá-los, fique atento, pois em determinados dias da semana, a entrada é gratuita.

E, se você for de moto, o estacionamento também. Há bolsões para motocicletas e estacionar, pelo menos em duas rodas, não é um problema – já os automóveis têm mais dificuldade para encontrar vagas e ainda pagam Zona Azul.

A mais paulista das avenidas

Prédio do Masp, na Av. Paulista. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na cidade não faltam equipamentos e eventos culturais — e quem vem a passeio pode aproveitar boas promoções. O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), por exemplo, oferece entrada gratuita às terças-feiras. O local abriga um dos acervos mais valiosos da América Latina e sempre acontecem boas exposições itinerantes. Só o edifício projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, que tem um dos maiores vãos livres do mundo, já vale a visita.

Localizado na Avenida Paulista, o coração da cidade, uma ida ao Masp exige um pouco mais de paciência para encontrar uma vaga para estacionar. Apesar de haver diversos bolsões para motos nas ruas perpendiculares à Paulista – e se você não for paulistano, vale lembrar que é proibido estacionar motos nas vagas de Zona Azul –, estão geralmente lotados, sobretudo durante a semana. Se você achar uma vaga, não se esqueça de usar seu dispositivo antifurto, como cadeados e travas, ou procure um estacionamento que aceite motos.

Na Paulista, também ficam o Conjunto Nacional, o Parque Trianon, a Casa das Rosas, e diversos cinemas e teatros. No entorno, para o lado dos Jardins, muitos restaurantes e bares sofisticados. Descendo em direção ao centro, não faltam baladas descoladas e de estilo underground na região do Baixo Augusta e da Bela Vista.

Para os fãs de futebol

O Estádio do Pacaembu foi inaugurado em 1940. Fotos: Marco Ankosqui

Da Avenida Paulista é um pulo até o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o famoso Pacaembu. Inaugurado em 1940, o Pacaembu não é mais o principal palco dos clássicos na cidade, mas é parada obrigatória para os fãs do esporte bretão. Além de admirar sua bela arquitetura art déco, presente na entrada principal do estádio, é possível visitar o Museu do Futebol, que também tem entrada gratuita às terças – nos demais dias a entrada custa R$ 15.

Se você estiver por lá às terças-feiras, conheça na famosa feira-livre que acontece na Praça Charles Miller a barraca do Pastel da Maria, eleito o melhor da cidade. Uma boa pedida para um “almoço rápido”, antes de continuarmos nosso passeio em direção ao centro.

Centro Histórico

Descendo a Avenida Pacaembu em direção ao Elevado Presidente João Goulart (também conhecido popularmente como Minhocão), rapidamente chega-se à região central da metrópole. Atenção aos radares de velocidade e às pistas exclusivas de ônibus para não ser multado. Afinal, o caminho é um pouco congestionado durante a semana, mas em uma scooter isso não é grande problema. Seguindo por baixo do Minhocão, o trajeto passa pela Avenida São João e pela esquina mais famosa de São Paulo, com a Avenida Ipiranga.

O centro, aliás, é um dos locais mais procurados pelos turistas que visitam a cidade. A região abriga um belo conjunto arquitetônico do começo do século 20 e diversas atrações culturais e centros comerciais. Estacionar pode ser um problema, apesar dos bolsões para motos, mas a disponibilidade de estacionamentos pagos é farta.

Vale estacionar a moto e conhecer de perto o Theatro Municipal de São Paulo, construído em 1911, com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, que dá nome à praça. Neste mês de janeiro, o Theatro abrigará algumas atrações do Festival Verão Sem Censura com filmes, espetáculos teatrais, shows e exposições que foram perseguidas em 2019. A programação se encerrará em 31 de janeiro, com uma sessão da peça Roda Viva, encenada no palco do Municipal.

Dali, basta atravessar o Viaduto do Chá, um dos mais antigos da cidade, e caminhar pelos calçadões do Centro Velho. O piso de pedras portuguesas leva ao Centro Cultural Banco do Brasil e ao Farol Santander, misto de mirante e museu instalado no antigo prédio do Banespa, que já foi um dos mais altos da cidade, mas ainda hoje oferece uma vista privilegiada da capital. É preciso comprar ingressos antecipadamente, ou corre-se o risco de não conseguir entrar. Vale dar um pulo no Pátio do Colégio, onde São Paulo nasceu em 1554.

Se estiver disposto a caminhar, a Pinacoteca do Estado, que fica no Parque da Luz, está a cerca de 2 quilômetros do local e sempre abriga exposições interessantes, além de um belo acervo de quadros.

Beco do Batman e Praça do Pôr do Sol

De volta ao guidão da scooter, vale uma esticada em direção à charmosa Vila Madalena, com seus bares, restaurantes e galerias de arte contemporânea. Verdadeiro museu de grafites a céu aberto, o Beco do Batman fica no coração do bairro e a cerca de 10 quilômetros do centro – mas não se preocupe com a distância, em uma scooter, como a Honda PCX 150, que costuma rodar 38,7 km/litro, o gasto com gasolina nesse tour por São Paulo é ínfimo.

Aproveite e estacione novamente a scooter para caminhar pelas ruas da Vila. Tome um café, suco ou refrigerante (na de álcool quando se pilota) ou coma algo nos inúmeros bares e restaurantes do bairro. Contudo, se quiser fazer compras, reserve uma tarde para circular pelas ruas estreitas da Vila, com destaque para o quadrilátero formado pelas ruas Mourato Coelho, Wisard, Harmonia e Aspicuelta. Não perca também a pequena e escondida Mateus Grou. Em seus três quarteirões, é possível passar um bom tempo zanzando pelas diversas lojas de arte, roupas e decoração. Bons lugares para comer não faltam.

Para finalizar o passeio, vale dar uma esticada até a Praça do Pôr do Sol, que, como o próprio nome diz, é um destino comum entre os paulistanos no fim de tarde.  Pode não ter a vista exuberante da natureza, como em outras cidades, mas ao mostrar o sol se pondo por trás dos arranha-céus da zona oeste da cidade, nos ajuda a entender a dura poesia concreta das esquinas de São Paulo.

Honda PCX 150 é scooter urbana por natureza

Scooter Honda PCX. Foto: Marco Ankosqui

Scooter mais vendida do Brasil, a Honda PCX 150 é um veículo projetado para enfrentar o trânsito das grandes cidades. Equipada com motor de 150 cilindradas e câmbio CVT (automático), a scooter é fácil de pilotar. Baixa, com assento a apenas 76,4 cm do solo, e leve, pesa 126 kg a seco, a PCX é ágil no trânsito e cabe em “qualquer lugar”, ou seja, estacioná-la não é um problema.

De quebra ainda oferece a praticidade do espaço sob o banco, que comporta, pelo menos, um capacete fechado e alguns objetos, além de contar com porta-luvas e tomada 12V para carregar o smartphone e poder registrar em fotos as paisagens da capital paulista.

Com preço sugerido a partir de R$ 11.990, caso da versão com freios combinados (CBS), usada na reportagem, a PCX 150 ainda tem painel digital e iluminação full-LED.