Royal Enfield Hunter 350: avaliação | Mobilidade Estadão | 200 a 500 cilindradas, MotoMotor

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Hunter é melhor e mais barata moto de 350 cc da Royal Enfield

Por: Arthur Caldeira . 27/09/2023
Mobilidade para quê?

Hunter é melhor e mais barata moto de 350 cc da Royal Enfield

Com visual jovem e acessível, novidade da marca chega às lojas com preço a partir de R$ 19.990

5 minutos, 6 segundos de leitura

27/09/2023

Por: Arthur Caldeira

Royal Enfield Hunter 350 teste
Além do estilo mais urbano, Hunter traz mudanças ciclísticas que fazem dela uma opção ideal para o uso urbano. Fotos: Divulgação/Royal Enfield

Um dos maiores desafios da indústria de motocicletas atualmente consiste em atrair jovens e novos consumidores para o motociclismo. Pois essa é justamente a missão da nova Royal Enfield Hunter 350, mais uma integrante da linha de motos de 350 cc da marca, que chegou em setembro às lojas. Com visual mais moderno que suas irmãs, a Hunter também custa menos do que a Meteor 350 e a Classic 350.

Com preço sugerido a partir de R$ 19.990, a nova Hunter tem a proposta de ser uma moto amigável, para os iniciantes, e fácil de pilotar, tanto nos deslocamentos diários como em passeios no final de semana. A expectativa da fabricante é que o modelo se torne o mais vendido da Royal Enfield no País, revelou Claudio Giusti, gerente-geral da marca no Brasil.

Para isso, a Hunter trocou o visual clássico de suas irmãs por uma proposta mais urbana. Além do tanque arredondado e do assento único, o modelo tem guidão reto e largo, o que facilita as manobras no trânsito urbano e garante uma postura de moto para o uso nas cidades. Aliás, ao montar na Hunter, a posição de pilotagem lembra muito a de modelos famosos no Brasil, como a Honda CG – reforçando, assim, sua proposta.

Rodas de 17 polegadas

Entretanto, as mudanças extrapolam o visual. Embora use um quadro derivado das outras Royal de 350cc, a Hunter teve sua geometria redesenhada. Com um ângulo mais agudo da coluna de direção (24°) e a adoção de rodas de liga leve menores (17 polegadas) na dianteira e na traseira, a Hunter se mostrou mais ágil no trânsito, o que pôde ser testado na apresentação do modelo à imprensa, durante um passeio pelas ruas da capital paulista.

Além de garantir agilidade nas cidades, as rodas aro 17 fazem com que o assento da Hunter seja mais baixo do que na Classic, por exemplo. A apenas 790 cm de distância do solo, permite que até pessoas de menor estatura consigam apoiar os dois pés no chão com facilidade – uma característica que aumenta a confiança para rodar no trânsito e também na hora de manobrar o modelo.

Hunter usa mesmo motor, mas pesa menos

A nova Hunter compartilha o motor de um cilindro, 349,34 cm³ com comando simples no cabeçote (SOHC) e arrefecimento a ar de Meteor e Classic. Apesar de produzir os mesmos 20,2 cv de potência máxima a 6.100 rpm e oferecer 2,75 mkgf de torque a 4.000 giros, o motor parece mais vívido e oferece respostas mais rápidas ao acelerador. De acordo com a Royal Enfield, foram feitos ajustes na central eletrônica (ECU) para dar um caráter mais responsivo ao monocilíndrico.

Além das mudanças na ECU, contribui para a sensação de agilidade o menor peso da Hunter. Segundo a marca, o novo modelo pesa 181 kg pronta para rodar, ou seja, cerca de 14 kg a menos do que a Classic 350. Parte do “regime” vem do uso de para-lamas de plástico, em vez do aço de suas irmãs, e do escapamento menor.

“Conseguimos também economizar alguns quilos, pois as pedaleiras centralizadas são fixadas no quadro. Com isso, concentramos o peso da moto, o que ainda ajuda na maneabilidade”, revela o inglês Steve Everitt, designer-chefe da Hunter, presente no lançamento do modelo no Brasil.

Falta potência na estrada

Na prática, as mudanças visuais e estruturais fazem da Hunter uma moto mais divertida de pilotar do que suas irmãs, especialmente na cidade. Com bom torque a partir de 2.000 rpm, não é preciso fazer muitas mudanças de marcha no câmbio de cinco velocidades. Basta engatar a terceira e dosar o acelerador para “costurar” entre os carros ou retomar velocidade.

A posição de pilotagem neutra e o guidão largo também contribuem para que a Hunter seja gostosa de conduzir na cidade. Embora não tenha rodado na estrada, a velocidade máxima declarada pela marca – 114 km/h – dá indícios de que a Hunter até encara um passeio curto no final de semana, mas não é a moto ideal para longas viagens. Faltam alguns cavalos de potência para manter uma velocidade de cruzeiro maior.

Apesar do desempenho modesto em altos giros, a Hunter vai bem no trânsito urbano. A entrega de potência e torque não assusta os iniciantes; os freios a disco com sistema ABS nas duas rodas garantem a segurança; e sua agilidade facilita transitar em meio aos carros. Destaque ainda para o painel simples, porém completo, e uma entrada USB no guidão para carregar os smartphones da geração Z.

Fácil de pilotar e com estilo

Leve e com visual mais moderno do que suas irmãs, a Hunter ainda custa menos. O modelo chegou às lojas em duas versões, que se diferenciam pelas cores e pelo Tripper, o sistema de navegação curva a curva da Royal Enfield.

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Nova Hunter chega ao país em duas versões: Dapper (à esq.) e Rebel (à dir.); além de cores diferentes, Rebel traz navegador de série

A versão Dapper tem cores sóbrias e custa R$ 19.990, enquanto a Rebel tem tons mais chamativos, além do Tripper ao lado do painel, e sai por R$ 21.990. Os preços não incluem frete nem outras taxas.

Em resumo, a Royal Enfield acertou a mão na Hunter 350. Além do design mais agradável aos jovens, fez uma moto acessível para iniciantes do ponto de vista financeiro e também na pilotagem. Modelo ideal para quem quer começar, sem abrir mão do estilo e da diversão que só uma moto pode proporcionar.

Ficha Técnica – Royal Enfield Hunter 350

Motor: 1 cilindro, 349,34 cm³

Câmbio: Cinco marchas

Transmissão final: Por corrente

Potência: 20,2 cv a 6.100 rpm

Torque: 2,75 mkgf a 4.000 rpm

Peso em ordem de marcha: 181 kg

Preço: A partir de R$ 19.990

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