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Concessionárias cedem máscaras e higienizam motos

Por: Arthur Caldeira . 15/06/2020
Meios de Transporte

Concessionárias cedem máscaras e higienizam motos

Liberadas para funcionar quatro horas por dia desde 5 de junho, revendas adotam protocolos de higiene para receber clientes com segurança

6 minutos, 54 segundos de leitura

15/06/2020

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Na reabertura das concessionárias Honda, novas medidas para garantir segurança. Foto: Divulgação

As concessionárias de motocicletas foram autorizadas a reabrir, em 5 de junho, pela Prefeitura de São Paulo, porém com restrições. Só podem funcionar de portas abertas por apenas quatro horas por dia, devem abrir após as 10h da manhã e o horário de fechamento deve ser antes das 17h, ou seja, fora do horário de pico.

As medidas visam contribuir para evitar aglomerações no transporte público. Embora estivessem com as oficinas funcionando em regime especial e apostando nos canais online, as revendas não podiam abrir o showroom para vender motos com atendimento presencial há mais de dois meses.

O que se refletiu em queda de 32,37% nas vendas do primeiro trimestre de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado. Mas as restrições de horário não são as únicas novidades na reabertura, protocolos especiais de atendimento e medidas de higiene estão sendo criadas pelos fabricantes e implementadas pelos revendedores para garantir a segurança de clientes e colaboradores.

Honda tem controle na entrada

Com mais de 1.100 pontos de venda em todo o País, a Honda preparou um protocolo de medidas de saúde e segurança para as concessionárias autorizadas a operar. Além do uso de máscaras, foram adotadas mais de 70 medidas, como higienização frequente de áreas comuns, desinfecção de produtos a cada demonstração e procedimentos especiais para experimentação das motos.

A entrada na Hiuri Motos, concessionária Honda no bairro do Socorro, na zona sul de São Paulo, é controlada e limitada a apenas uma pessoa por vez. Na porta há um segurança de máscara, protetor facial e um termômetro a laser para medir a temperatura de quem entra na loja.

Máscaras

“Caso não esteja usando máscara, cedemos uma para o cliente. É até uma forma de conscientizar as pessoas sobre a importância de se prevenir contra esse vírus”, diz Ivandro Luiz Vannetti, do grupo Hiuri Motos.

O número de pessoas é controlado para evitar aglomerações no interior da loja. “Podemos atender até dois clientes por vez no balcão de peças. Se já houver duas pessoas, o próximo tem que esperar”, exemplifica o proprietário.

Segundo Vannetti, a associação dos concessionários Honda distribuiu um guia com protocolos detalhados para evitar a disseminação do novo coronavírus, como a distância mínima de 1,5 metro entre as mesas e os produtos indicados para higienização de ambientes e motos.

Apenas cinco das oito lojas do grupo Hiuri Motos voltaram a funcionar, mas com horário limitado. “Como temos muitos clientes que são entregadores, então, algumas unidades abrem mais cedo, às 9h, para atendê-los, e trabalham até às 13h. Outras, vão das 10h às 14h”, explica Vannetti.

Oficina e test-ride de motos exigem cuidado redobrado

Além de limitar o número de pessoas, exigir o uso de máscara e disponibilizar álcool em gel para a desinfecção de quem entra na loja, foi preciso adaptar a rotina de trabalho interno das concessionárias. Confira o que algumas marcas estão fazendo para se adaptar ao que está sendo chamado de “novo normal”.

Concessionária Yamaha. Foto: Divulgação

Yamaha “embala” as motos

A Diamar, que tem duas revendas Yamaha nas zonas norte e oeste da capital paulista, vai abrir ao público das 14h às 16h, mas a oficina oferece agendamento de serviços de manutenção. O cuidado com as motos dos clientes é redobrado, tanto para evitar a contaminação dos profissionais, como para devolver a moto higienizada ao motociclista. Cada mecânico tem seu próprio álcool em gel e trabalha usando protetor facial, além da máscara.

Precauções

Como a oficina praticamente não parou, mesmo durante o isolamento, as revendas da Yamaha já vinham tomando ações de prevenção, também com a orientação da associação dos revendedores da marca, conta Alessandro Santos, gerente geral da Diamar.

“Até tivemos um mecânico que testou positivo para covid-19, foi afastado, curou-se e depois de 21 dias voltou ao trabalho. Mas, como já tomávamos medidas de segurança, nenhum outro colaborador foi infectado”, comenta Santos.

Todos os funcionários da empresa respondem questionários semanais sobre seu estado de saúde e receberam treinamento e orientação sobre medidas de higiene e distanciamento social. Na parte do showroom, que reabriu no início de junho, os consumidores vão encontrar mesas distantes umas das outras, além de motos com algumas partes envoltas em filme plástico.

“Como a manopla e o assento são feitos em borracha ou tecido aderente, ‘plastificamos’ todos os pontos aonde o cliente colocará as mãos, para facilitar a desinfecção que é feita com álcool 70°”, explica o gerente da loja.

Os test-ride com motos novas estão liberados, mas o cliente tem de usar seu próprio capacete, por se tratar de um item de uso pessoal. “Pensamos em disponibilizar capacetes abertos, mas preferimos não correr esse risco”, conta Alessandro. As motos de demonstração são higienizadas na frente do freguês, antes e depois do test-ride. “Hoje em dia não é mais falta de educação limpar onde a pessoa põe as mãos”, afirma o gerente da Diamar.

A italiana lançou o programa Ducati Cares. Foto: Divulgação

Ducati traz experiência italiana

A Ducati criou uma força-tarefa para combater a covid-19 nas instalações da empresa, na Itália e em outras partes do mundo, e também nas concessionárias. Com a experiência adquirida nos revendedores asiáticos e europeus que voltaram a funcionar em maio, foi criado o programa Ducati Cares, algo como a “Ducati se importa”.

O programa consiste em uma série de medidas, como indicações sobre distância segura, desinfecção, máscaras e outras precauções, que todo revendedor Ducati deve implementar para garantir a segurança dos visitantes. As lojas também irão fixar cartazes informativos sobre as dez medidas preventivas adotadas para evitar a disseminação do coronavírus

Reforço online

Apesar das medidas de higiene e segurança para a reabertura das lojas, as marcas de motocicletas estão trabalhando para estimular e reforçar o atendimento não presencial. No site da Comstar, revendedora Honda dos Jardins, na capital paulista, é dado destaque para o atendimento por aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

No site da montadora, o consumidor também encontra diversos serviços disponíveis. “Após selecionar o produto ou serviço de interesse, o cliente é direcionado para o preenchimento de um breve formulário, que será automaticamente encaminhado para a concessionária escolhida, que dará prosseguimento ao atendimento à distância”, informou a empresa.

A BMW afirma que possui uma estratégia multiplataforma para operar online, como redes sociais e mídias digitais. A marca também inaugurou a primeira loja oficial do segmento dentro do Mercado Livre, onde é possível que o cliente converse diretamente com o concessionário responsável pela oferta do modelo anunciado. Agendamento para atendimento individualizado e serviço leva e traz também estão disponíveis em diversas concessionárias da marca.

Kawasaki distribui máscaras aos clientes

Nas concessionárias Kawasaki, serão adotadas as medidas preventivas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos órgãos de saúde do Estado. A marca japonesa também distribuirá 8 mil máscaras especialmente personalizadas, com o logo e as cores da Kawasaki, como forma de proteção para seus clientes e colaboradores.

BMW distribui guia aos revendedores

Já a BMW Motorrad elaborou e distribui um guia para orientar as concessionárias a operar durante a pandemia, com procedimentos de segurança baseados em critérios científicos seguindo normas dos órgãos de saúde, informou a empresa.

O guia contempla também os cenários nos quais existam interação interpessoal e manuseio das motocicletas, com o passo a passo da higienização dos produtos, além de orientações sobre distanciamento social, higienização das mãos, ventilação do ambiente e cuidados no pré e no pós-serviço.

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