Motos têm queda de 16,7% no 1º trimestre; confira ranking das mais vendidas
Fabricantes e distribuidores afirmam que demanda continua alta, mas faltam motos em função do agravamento da pandemia que paralisou produção no início do ano
3 minutos, 12 segundos de leitura
08/04/2021
Por: Arthur Caldeira
A venda de motos novas cresceu 8,47% em março na comparação com fevereiro, somando 62.290 unidades emplacadas, segundo dados da Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do Brasil. O setor de duas rodas, entretanto, tem pouco a comemorar, afinal a venda de motos caiu no 1º trimestre.
No acumulado do primeiro trimestre de 2021, os emplacamentos de Motocicletas somaram 205.553 unidades. O resultado, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 246.920 unidades, representa uma queda de 16,75%.
Fabricantes e revendedores apontam o agravamento da pandemia, que ocasionou a paralisação e queda também na produção de motos em Manaus (AM) em janeiro e fevereiro, como o principal fator para explicar porque a venda de motos caiu no trimestre.
“O mercado de motocicletas continua aquecido, mas ainda há impactos específicos na produção, que têm afetado o abastecimento para as concessionárias.
Devido a essas dificuldades pontuais, muitas vendas estão com programação de entrega para até 60 dias, mas a indústria vem, aos poucos, se recuperando”, avalia o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
Yamaha ganha mercado
Entre as maiores prejudicadas pelas medidas restritivas adotadas para conter o aumento de casos de covid-19 na capital amazonense, onde estão instaladas as fábricas de motos, está a Honda. Líder de mercado, a fabricante japonesa chegou a paralisar sua produção entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
Com isso, a Honda perdeu market share no primeiro trimestre deste ano. A marca fechou 2020 com 77,7% do mercado de duas rodas, considerando as motocicletas emplacadas no ano passado. Mas entre janeiro e março de 2021 ficou com 72,84% do mercado.
De acordo com a empresa, a retração das vendas é consequência da indisponibilidade de motocicletas na rede, em função dos impactos da pandemia da covid-19 na produção, que foi suspensa temporariamente entre os dias 25 de janeiro a 3 de fevereiro e operou nos dois primeiros meses do ano em regime de turno especial, com volume limitado
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A Yamaha, por outro lado, não chegou a suspender sua produção, mas a fábrica em Manaus operou em turnos reduzidos, em função do toque de recolher adotado pelo governo estadual no início de 2021. Entretanto, a marca japonesa consolidou-se na segunda posição entre as marcas mais vendidas com 20,04% de market share nos três primeiros meses deste ano. Como comparação, a Yamaha fechou o ano passado com 15,5% do mercado.
Ranking tem duas scooters
A falta de componentes e o aumento da demanda por motos e scooters, como alternativa de mobilidade urbana, também causou mudanças no ranking das 10 motos mais vendidas no primeiro trimestre de 2021.
A liderança absoluta ainda é da Honda CG 160, com quase 60 mil unidades emplacadas entre janeiro e março. Também não houve alterações nas segunda e terceira posições, ocupadas respectivamente por Biz e Bros 160, ambas da Honda.
Mas o mercado conquistado pela Yamaha se reflete também no ranking. Entre as 10 mais vendidas, há quatro modelos Yamaha, incluindo a nova NMax 160 ABS. Renovada em novembro do ano passado, a scooter ocupa a 10ª colocação na lista dos modelos de motos mais vendidos no primeiro trimestre de 2021, bem perto da Honda PCX 150. Confira abaixo o ranking das campeãs de vendas neste ano.
10 motos mais vendidas no 1º trimestre de 2021
1º – Honda CG 160 – 56.013
2º – Honda Biz – 27.308
3º – Honda NXR 160 Bros – 20.665
4º – Honda Pop 110i – 16.876
5º – Yamaha Fazer 250 – 6.691
6º – Honda CB 250F Twister – 5.938
7º – Yamaha XTZ 150 Crosser – 5.819
8º – Yamaha YBR 150 Factor – 5.516
9ª – Honda PCX 150 – 5.511
10º – Yamaha NMax 150 ABS – 5.501
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