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Mudanças climáticas afetam produção de motos no Brasil; entenda

Por: Arthur Caldeira . 01/10/2024
Meios de Transporte

Mudanças climáticas afetam produção de motos no Brasil; entenda

Seca no canal no Panamá obriga Kawasaki a interromper produção em Manaus (AM); estiagem na Amazônia também preocupa fabricantes

1 minuto, 28 segundos de leitura

01/10/2024

Fábrica da Bajaj em Manaus (AM) produzirá lançamentos
Atualmente, mais de 90% da produção de motos no Brasil fica no Polo Industrial de Manaus (AM) e depende do transporte marítimo e fluvial. Foto: Divulgação/Bajaj

As mudanças climáticas já são uma realidade. Além de afetar nossa qualidade de vida, eventos, como chuvas intensas ou estiagem prolongada, prejudicam a produção de motos no Brasil e o crescimento econômico. A Kawasaki, por exemplo, anunciou a interrupção da produção em Manaus (AM) até o próximo dia 18 de outubro e deu férias coletivas aos colaboradores.

De acordo com a fabricante japonesa, a interrupção acontece devido às dificuldades logísticas no transporte de insumos importados pelo Canal do Panamá. “O canal atualmente enfrenta uma seca severa, afetando o fluxo de mercadorias e comprometendo o abastecimento de materiais necessários para a produção”, afirmou a Kawasaki em nota. Apesar de produzir seus modelos no País, a planta da Kawasaki opera em regime CKD, ou seja, monta kits de motocicletas importados do exterior.

A falta de chuva nos últimos anos tem causado dificuldades aos fabricantes de motocicletas do Brasil que, em sua maioria, localizam-se na capital amazonense. A estiagem e a consequente seca dos rios na Região Norte do País já prejudicou o fornecimento de insumos para a indústria de duas rodas no ano passado. Afinal, o transporte fluvial é a principal alternativa logística para as fabricantes do Polo Industrial de Manaus.

Embora a época de chuvas comece agora, os níveis dos rios continua baixo e já preocupa outros fabricantes de motocicletas do Brasil. Segundo o presidente da Abraciclo, associação dos fabricantes do setor de motos e bicicletas, Marcos Bento, o cenário atual exige atenção.

“As associadas tomaram medidas preventivas para garantir o abastecimento das linhas de produção. Além disso, estamos buscando outras alternativas logísticas, com o objetivo de minimizar eventuais impactos futuros”, afirma Bento.

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