Nova Ducati Monster estreia inédito motor V2 de 890 cm³
Bicilíndrico capaz de oferecer até 120 cv também deve equipar outros modelos da marca italiana
 
                                
A Ducati deu um passo importante em sua estratégia de renovação tecnológica ao apresentar o novo motor V2, um bicilíndrico em “L”, ou seja, dois cilindros em “V” a 90° que combina tradição e inovação. O propulsor estreia na nova Monster.

A famosa naked da marca de Borgo Panigale chega com mais leveza, eletrônica avançada e um visual ainda mais “limpo”. A novidade, revelada em Bolonha, marca o início de uma nova fase para a fabricante italiana.
O novo motor V2
O V2 foi projetado para substituir gradualmente o conhecido Testastretta 11°, trazendo ganhos em eficiência, manutenção e entrega de potência. De acordo com a Ducati, o motor manteve a arquitetura em “L-twin” a 90°, característica histórica da marca, mas recebeu novos cabeçotes, sistema de refrigeração otimizado e componentes internos redesenhados para reduzir peso e atrito.

O novo V2 tem 890 cm³, pesa apenas 54,4 kg e adota o sistema IVT (Intake Variable Timing), que varia continuamente o comando das válvulas de admissão para garantir um torque linear desde baixas rotações e performance esportiva em altos giros.
Além do comando variável, há balancins com tratamento DLC, válvulas de admissão com hastes ocas e distribuição por corrente. Tudo pensado para eficiência, mas sem deixar de lado a durabilidade. Os intervalos de regulagem de folga de válvulas são de 45.000 km, um benchmark na categoria.
Duas configurações de potência
Em arquitetura, segue o L‑twin a 90° — compacto, naturalmente balanceado, sem necessidade de eixo de balanceamento — com cilindros rotacionados 20° para otimizar distribuição de massas. O diâmetro x curso é 96 x 61,5 mm, escolha que equilibra potência de topo e uma curva de torque favorável ao uso em estrada.
Em configuração “pura”, o V2 oferece duas calibrações:
- 120 cv a 10.750 rpm (126 cv com escape de pista) e 93,3 Nm a 8.250 rpm
- 115 cv a 10.750 rpm e 92,1 Nm a 8.250 rpm, com alternador mais potente e relações mais curtas na 1ª e 2ª marchas
A alimentação usa corpo de borboleta circular de 52 mm com injetor secundário, ride-by-wire com quatro modos de potência e mapas que modulam a entrega de torque marcha a marcha. Há circuito de bypass na admissão para melhorar a mistura e reduzir consumo/emissões. Enquanto a existência de um trocador de calor água/óleo dentro do “V2” permitiu eliminar o radiador de óleo e reduzir massa.
V2 na Monster: calibrado para a rua
Na Monster 2026, o V2 foi ajustado para oferecer 111 cv a 9.000 rpm e 91,1 Nm a 7.250 rpm. Essa escolha privilegia, de acordo com a Ducati, ampla faixa útil — com mais de 80% do torque disponível entre 4.000 e 10.000 rpm — e uma entrega que combina a tradicional “pegada” da Monster com facilidade de condução no dia a dia. Mantém os intervalos de 45.000 km para válvulas e o caráter de baixa manutenção que o projeto trouxe como prioridade.

O motor atua como peça estrutural no chassi, reforçando rigidez e ajudando a reduzir peso. A Monster está 4 kg mais leve que a anterior, com 175 kg (tanque vazio), e segue a fórmula que definiu a naked: leveza, agilidade e um design que é a cara da marca italiana.
A nova Monster
Visualmente, a nova Ducati Monster traz farol full-LED com assinatura dupla em “C”, tanque musculoso com entradas de ar, rabeta curta e assento único mais baixo (815 mm, com opções para reduzir ainda mais). Linhas que marcam a naked desde sua primeira versão. O guidão mais alto e avançado melhora controle e conforto, enquanto os novos painéis laterais oferecem apoio em frenagens.



O pacote eletrônico é de última geração: IMU de 6 eixos, ABS em curva, DTC, DWC, EBC, quickshifter bidirecional, quatro Riding Modes (Sport, Road, Urban, Wet) e painel TFT de 5” com conectividade e navegação turn‑by‑turn. Freios Brembo com duplos discos de 320 mm e pneus Pirelli Diablo Rosso IV completam a receita.
No chassi, há monocoque em alumínio, balança dupla inspirada na Panigale V4 e subquadro traseiro em tecnopolímero com treliça. A suspensão Showa (garfo USD de 43 mm, na frente, e monoamortecedor com ajuste de pré‑carga, atrás) foi calibrada para unir conforto urbano e esportividade em serras, mantendo a Monster estável, ágil e confiante.
A Ducati também criou acessórios em fibra de carbono, alumínio usinado e escapamentos homologados com redução de peso. Haverá ainda duas versões – Monster e Monster+ – que se diferenciam por componentes mais premium. Mais detalhes serão revelados no Salão de Motos de Milão, o EICMA 2025, que acontece na próxima semana na Itália.
Monster 2026 inaugura uma nova era
Segundo a Ducati, a ideia foi rejuvenescer a Monster sem perder sua essência: uma naked divertida, simples e com forte identidade italiana. O V2, por sua vez, inaugura uma plataforma que deve equipar outros modelos médios da marca, tornando-se o novo coração da Ducati para futuros modelos.
O lançamento também reforça a estratégia da Ducati de ampliar sua base de clientes. Ao oferecer um motor mais eficiente e uma Monster mais leve e acessível, a marca busca atrair novos motociclistas sem afastar os fãs tradicionais. Afinal, o segmento de nakeds médias é um dos mais competitivos da Europa, e a Ducati aposta no carisma da Monster aliado ao inédito V2 para se destacar frente a rivais como Yamaha MT-09, Triumph Speed Triple e KTM Duke 890.
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