Segunda onda da Covid-19 faz produção de motos cair 46% em Manaus
Com restrições ao funcionamento das fábricas e falta de insumos, foram produzidas apenas 53.631 unidades em janeiro
1 minuto, 54 segundos de leitura
10/02/2021
A indústria de motocicletas produziu apenas 53.631 unidades em janeiro. O volume representa uma queda de 46,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando 100.292 unidades saíram das linhas de produção de motos em Manaus (AM). De acordo com a Abraciclo, associação dos fabricantes do setor de duas rodas, o volume também é 27% menor ao registrado em dezembro (73.471 motocicletas).
O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que a queda já era esperada, pois a cadeia produtiva foi fortemente impactada pela segunda onda do coronavírus na cidade de Manaus
, que levou o governo estadual a impor restrições à circulação de pessoas e instituir o toque de recolher. “Essas medidas levaram muitas fabricantes a reduzir suas jornadas e trabalhar em um único turno. Além disso, tivemos paralisações temporárias em algumas empresas devido à falta de insumos”, explica.
A Honda, líder de mercado, suspendeu a produção de motos na sua planta, localizada na capital amazonense, entre 22 de janeiro e 3 de fevereiro. Já a Yamaha, segunda maior fábrica de motos do país, diminuiu o turno dos funcionários devido ao toque de recolher.
À espera da vacina
De acordo com o presidente da Abraciclo, o cenário adverso neste início do ano não deve alterar a estimativa da entidade de produzir 1.060.000 motocicletas em 2021 - um aumento de 10,2% em relação com o ano passado que teve 961.986 unidades fabricadas.
“O impacto de janeiro já estava nos nossos radares. A maior dificuldade para todos os setores da economia é saber como ficará a situação da pandemia nos próximos meses”, afirma o executivo.
Segundo Fermanian, “é preciso que a imunização em massa ocorra o mais rápido possível para que a indústria volte a operar com fôlego, recupere as perdas dos últimos meses e consiga, finalmente, equilibrar a relação de oferta e demanda”.
Atualmente existem cerca de 150 mil pessoas, principalmente aquelas que adquiriram o veículo por meio de consórcio, aguardando sua motocicleta. “Esperávamos atender uma parte delas agora. No entanto, as novas restrições impostas pelo aumento de casos da Covid-19 impediram que as fabricantes mantivessem o mesmo ritmo de produção dos últimos meses de 2020”, conclui o presidente da associação dos fabricantes
.
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