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5 itens fundamentais para rodar com segurança de moto

Por: . 24/05/2023

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Mobilidade com segurança

5 itens fundamentais para rodar com segurança de moto

Freios, pneus, luzes… Veja o que é importante manter em ordem na sua moto para evitar acidentes

5 minutos, 9 segundos de leitura

24/05/2023

Freio a disco
De acordo com levantamento das fabricantes, principais problemas nas motos estavam nos freios dianteiro e traseiro e também na transmissão final, o kit corrente, coroa e pinhão. Foto: Divulgação Honda

Além de respeitar as leis de trânsito e pilotar devidamente equipado, realizar a manutenção é uma forma de rodar com segurança de moto. Infelizmente, no Brasil, muitos motociclistas e motoristas não têm o hábito de fazer a manutenção preventiva da moto.

Segundo dados colhidos pela Abraciclo, associação dos fabricantes do setor de bicicletas e motocicletas, durante 24 edições do MotoCheck-up, realizadas entre 2008 e 2019, muitas motos não estavam com a manutenção em dia. O evento era uma ação para despertar a importância da manutenção, da pilotagem segura e do respeito às leis de trânsito. Entre outras ações, mecânicos das fabricantes realizavam a verificação de 21 itens da moto.

Entre as mais de 50 mil motos que passaram pelos MotoCheck-up, ao longo de 11 anos, cerca de 30% tinham problemas nos freios. Em seguida, vinham luzes, relação, amortecedores e pneus.

Fizemos uma lista com cinco itens fundamentais para verificar na sua moto e fazer a manutenção periódica e preventiva. Dessa forma, você pode pilotar mais tranquilamente e com segurança.

Foto: Mario Villaescusa/Infomoto

1 – Freios

A Abraciclo encontrou problemas no freio traseiro em 28,4% das motos e, no freio dianteiro, em 23,4%. Já imaginou precisar frear em uma emergência e eles não funcionarem?

No caso dos freios a disco, presentes na dianteira da maioria das motos, o ideal é trocar o fluido anualmente. “Deve-se trocar todo o fluído, e não apenas uma parte (a sangria), quando se substitui a pastilha. O custo é baixo, e o resultado, garantido”, explica o mecânico Alex Bongiovanni, de São Paulo (SP).

As pastilhas também devem ser verificadas periodicamente. Mesmo que visualmente não seja possível notar o desgaste, quando já estiverem em fim de vida, elas “apitam” em frenagens. Sinal de que já passou da hora de trocá-las.

Freios a tambor, geralmente usados na roda traseira de motos de baixa cilindrada, exigem atenção à regulagem das sapatas (lonas). Foto: Divulgação COBREQ

Muitas motos de baixa cilindrada ainda têm freios a tambor na roda traseira. A regulagem do tambor de freio é bastante simples. Aperta-se o varão que aciona as sapatas internas – porém apenas até o final de seu curso. Se chegar no fim e o freio ainda estiver fazendo barulho ou com pouca eficiência, será preciso trocar as lonas (ou sapatas).

2 – Kit de relação final

Em segundo lugar, com 23,4%, aparecem as motos com problemas no sistema de transmissão final, ou kit de relação, como também é conhecido o conjunto pinhão, corrente e coroa. Uma corrente com a folga maior do que a indicada pode se soltar, enroscar na roda e causar uma queda.

Foto: Divulgação Honda

Verifique a folga da corrente, ao menos, uma vez por semana ou a cada 1.000 quilômetros. A corrente não pode estar muito esticada nem folgada – o ajuste correto está indicado no manual do proprietário da sua moto.

Lembre-se sempre de lavar o conjunto com água e sabão neutro ou produtos específicos, todo mês. Também é importante manter o conjunto lubrificado para evitar desgaste excessivo.

3 – Sistema de iluminação

Muitas motos (21,9%) apresentaram falhas na luz de freio. Um problema, relativamente, fácil de resolver, mas que não ajuda você a rodar com segurança de moto. Em geral, basta trocar a lâmpada da lanterna traseira. Se, ainda assim, a luz de freio não funcionar, procure um mecânico, pois pode ser uma questão de ajuste do pedal ou um relé que queimou.

“Além de ser perigoso rodar com uma lâmpada queimada, é infração de trânsito. A multa será mais cara do que a troca da lâmpada”, avisa Gutenberg Silva, instrutor de pilotagem do Centro Educacional de Trânsito Honda.

Para evitar problemas, o ideal é sempre verificar o sistema de iluminação da moto – farol, setas e lanterna – antes de sair de casa.

4 – Amortecedores

Outro problema comum encontrado nas motocicletas são os amortecedores. Parte integrante da suspensão, os amortecedores influenciam diretamente na ciclística e prejudicam você rodar com segurança de moto. Embora robustos, os amortecedores podem apresentar vazamentos, dependendo do tipo de piso, do uso e do peso transportado.

A primeira dica para manter o bom estado da suspensão da moto é não exagerar na velocidade ao encarar buracos, lombadas ou obstáculos. Também não se deve ultrapassar o limite de carga da moto, indicado no manual do proprietário.

Inclusive, ao levar mais peso ou garupa, deve-se calibrar os pneus com mais pressão que o normal para não sobrecarregar a suspensão. Também é importante ajustar a pré-carga da mola traseira: ao deixá-la mais comprimida, a ação da suspensão fica mais firme.

No caso dos amortecedores dianteiros, a troca do fluido hidráulico deve ser feita uma vez ao ano. Ou entre 10 mil e 15 mil quilômetros – o que varia de acordo com o fabricante. “É raro os clientes realizarem essa troca no intervalo sugerido. Porém, não se deve deixar passar muito, sob pena de a suspensão ficar ‘mole’, o que prejudica a condução”, alerta o mecânico e instrutor de pilotagem Leandro Panades.

5 – Pneus

Muitas motos também tinham problemas nos pneus. Fundamentais para rodar com segurança, pois são os pontos de contato com o solo, os pneus merecem atenção especial.

O fator primordial é a calibragem correta. Rodar com a pressão abaixo do recomendado aumenta o desgaste, diminui a eficiência – principalmente em curvas – e compromete a segurança, podendo até causar quedas. “Pneus na pressão correta oferecem maior aderência ao asfalto e ajudam a economizar combustível”, ensina Gutenberg Silva, instrutor de pilotagem da Honda.

Fique atento também ao indicador de desgaste da banda de rodagem, indicado pela sigla TWI, na lateral dos pneus: se o sulco atingir o limite, é hora de trocá-lo. Afinal, um pneu careca coloca em risco sua segurança, pois terá menos aderência, aumentando a distância de frenagem e ainda pode causar quedas no piso molhado.

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