eCall agiliza atendimento após acidentes mais graves
Sistema automático de chamada de emergência da Bosch presta socorro rápido e ajuda a salvar vidas
3 minutos, 12 segundos de leitura
18/08/2021
Cintos de segurança, airbags, freios ABS e controle de estabilidade são alguns dos itens de segurança existentes nos automóveis. Mas há uma tecnologia que também pode ser decisiva para salvar vidas depois de um acidente de trânsito mais grave: o sistema automático de chamadas de emergência, conhecido por eCall, oferecido pela Bosch.
Obrigatório nos países da comunidade europeia desde março de 2018, o eCall já está presente em vários modelos fabricados no Brasil e só pode ser instalado nos zero-quilômetro, uma vez que é incorporado no próprio sistema de conectividade do veículo. Estima-se que, na Europa, o eCall consiga salvar cerca de 3 mil vidas por ano, além de reduzir em 15% a severidade das lesões nos acidentes graças à rapidez no atendimento.
“Vivemos uma discussão muito importante sobre salvar vidas no trânsito não somente com os equipamentos dos carros, mas também com prestação de serviço”, afirma Alexandre Ferreira, responsável por produtos, marketing e venda da divisão Bosch Service Solutions.
Segundos salvam vidas
Ferreira conta que o desenvolvimento do eCall partiu do princípio de que quanto mais rápido o atendimento de uma vítima de trânsito melhor e que segundos salvam vidas. “Quando o acidente acontece, é preciso agilidade no socorro. Não há tempo a perder”, diz.
O eCall está integrado a uma central de operações e monitoramento da Bosch, que recebe automaticamente as notificações de acidentes e, em cerca de 3 segundos, já inicia os procedimentos de análise e qualificação da ocorrência. Isso acontece em casos de acionamento do airbag, desaceleração brusca e capotamento. Ferreira faz questão de ressaltar que o eCall não rastreia os deslocamentos do carro. “Ele fica ‘hibernando’e só entra em ação no momento do acidente”, garante. “No ano passado, a central europeia recebeu 1,2 milhão de chamadas.”
Ao mesmo tempo em que a central entra em contato imediato com o motorista fazendo as primeiras perguntas e avaliando a situação, um segundo agente da Bosch já informa as forças públicas de emergência mais próximas da localidade onde a ocorrência aconteceu e passa os dados mais relevantes sobre o acidente e da situação dos ocupantes.
Força adicional
“Existem requisitos obrigatórios por lei para o atendimento. É um conjunto de dados que devem ser enviados para a central, como a posição exata do acidente, o tipo do veículo, motorização, tração, que combustível utiliza e quantas pessoas estão no carro. Os detalhes são importantes, pois interferem no atendimento”, explica. A central da Bosch enriquece ainda mais as informações destinadas às autoridades, para que elas definam qual é o recurso necessário para aquele atendimento ou até mesmo se há necessidade de recursos adicionais, como resgate aéreo.
E se o motorista fica desacordado por causa da gravidade do acidente? “Partimos do princípio que, se não há comunicação entre motorista e central de atendimento, então é uma emergência e o socorro será feito imediatamente”, destaca Ferreira.
Há casos, porém, de “falso positivo”, ou seja, quando a batida não exige um atendimento de emergência, porque os ocupantes estão ilesos, seguros e saem do carro caminhando. “Isso evita o uso e o desperdício de recursos públicos”, salienta o executivo.
No mundo todo, o eCall da Bosch já está presente em mais de 20 milhões de automóveis em dez marcas diferentes. “A central de operações da Bosch recebe, em média, 1,2 milhão de chamadas de emergência por ano, que representa cerca de 3.200 por dia, e interage com cerca de 65.000 autoridades públicas de atendimento de emergências”.
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