Projeto Vias Calmas, da CET, que tem foco na redução da velocidade em áreas com grande concentração de pedestres
Os radares com efeito doopler, como é chamada a nova tecnologia, consegue identificar o comportamento do condutor do veículo no trânsito. Cidades como Curitiba, São Paulo e Salvador foram as primeiras a implementar a ferramenta em alguns trechos das cidades.
Enquanto os radares tradicionais utilizam sensores no chão para identificar a velocidade, o novo modelo consegue registrar imagens em até uma distância de 100 metros antes e depois do ponto de instalação.
De acordo com Guilherme Araújo, atualmente, as tecnologias utilizam inteligência artificial e integram dados, vídeos e imagens para otimizar ações de fiscalização de trânsito e de segurança pública. Araújo é presidente da Velsis, empresa de soluções em mobilidade que monitora mais de 1699 faixas. Ao todo, a companhia possui 731 equipamentos instalados em diferentes cidades.
O uso do efeito doppler é associado com tecnologias capazes de realizar cálculos sobre a imagem. Essa avaliação pode capturar informações desde a presença e o tempo de passagem dos veículos, como as informações estatísticas, por exemplo. Também é possível identificar infrações de trânsito, como velocidade acima da permitida ou parada sobre faixa de pedestres.
Entre as vantagens do método não intrusivo estão a detecção de veículos, evita a destruição do pavimento para instalação dos sensores, a paralisação da via para manutenção e gastos desnecessários aos gestores públicos.
Conforme prevê a resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) os radares precisam estar homologados por portaria do Inmetro e são aferidos periodicamente. O sistema que capta altas distâncias e atende até quatro faixas de carros.
“Os sensores têm alcance de centenas de metros e monitoram todo o trajeto percorrido pelo veículo, permitindo aos agentes públicos monitorar e avaliar tendências de comportamento dos condutores, bem como autuar – se houver desrespeito e legislação vigente”, afirma Araújo.
Curitiba, capital do Paraná, já tem instaladas 1,9 mil câmeras pela cidade como parte do programa Muralha Digital. O projeto gerenciado pela prefeitura reúne todos os sistemas de videomonitoramento do município, incluindo câmeras com reconhecimento facial.
Em Salvador, na Bahia, são 229 faixas/câmeras de equipamentos com tecnologia não intrusiva que integram o sistema de segurança viária da capital. Já em São Paulo, a empresa venceu a licitação para instalação dos equipamentos, mas ainda não tem data para aplicação dos testes.
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